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STF deve julgar mensalão 'com imparcialidade', diz Ayres Britto.

O Supremo Tribunal Federal 'tem como dever julgar o processo do mensalão com imparcialidade', disse ontem o novo presidente do STF, Carlos Ayres Britto. Em sua primeira entrevista no novo posto - ele acaba de substituir o ministro Cezar Peluso - Ayres Britto afirmou à rádio Estadão ESPN que o papel dos ministros do STF 'é esse, o de aplicadores do direito'.

Eles devem aplicá-lo 'com fidedignidade, sem açodamento, sem perseguições, com discernimento e disposição para ouvir testemunhas, reler depoimentos. Sobretudo ouvir a imputação, quer dizer, a acusação, do Ministério Público'.

O novo presidente acredita que o processo será 'peculiarmente longo' e que pretende manter 'contatos cada vez mais frequentes' com o relator Joaquim Barbosa e o revisor, Ricardo Lewandowski. Trata-se de um processo 'realmente inusitado, com 38 réus, cada um com direito a uma hora de defesa'.

A formatação do julgamento, afirmou na entrevista, 'reclama trabalho coletivo'. Para tanto, começará ainda este mês a conversar com o ministro Lewandowski. Britto não quis comentar a recente polêmica sobre desaparecidos e a Lei da Anistia', porque 'termina sendo uma antecipação de voto' se o caso for ao STF.

Adiantou que pretende trabalhar 'em perfeita harmonia' com a corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon. e que, na condição de presidente do CNJ, já está cuidando de montar as duas equipes de trabalho - do conselho e do Supremo - 'para saneamento das atividades e costumes do Judiciário brasileiro'.

Fonte - GABRIEL MANZANO

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