Maioria dos dependentes do 1º Bolsa Família deixou programa, diz Ministério do Desenvolvimento Social
Um estudo do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) constatou que a maioria das crianças e dos adolescentes beneficiados na primeira geração do Bolsa Família conseguiram deixar a dependência do programa. A pasta divulgará este e outros detalhes do levantamento nesta terça-feira (26), no Rio de Janeiro.
A pesquisa, intitulada de “Mobilidade Social no Brasil: uma análise da primeira geração de beneficiários do Programa Bolsa Família”, apontou que apenas 20% dos dependentes que tinham entre 7 e 16 anos em 2005 ainda estavam no Bolsa Família em 2019, quase 15 anos depois. Além disso, 64% deles deixaram não só o programa, mas também o Cadastro Único, que reúne pessoas em situação de vulnerabilidade.
O levantamento foi feito por pesquisadores do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), pelo instituto de pesquisa Oppen Social, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela Universidade Bocconi de Milão. O estudo mostrou também que 45% ingressaram no mercado formal de trabalho pelo menos uma vez entre 2015 e 2019.
Mobilidade social
Os dados foram adiantados pelo MDS, e serão divulgados em detalhes nesta terça-feira. O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, estará presente. Também serão divulgados estudos sobre a evolução do Bolsa Família desde a sua implantação, além de uma pesquisa do Banco Mundial sobre o impacto do programa na economia local.
“Esses resultados são indicativos de uma relativa mobilidade social na base da distribuição de renda do Brasil para os beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF)”, escreveu o ministério.
A pasta também deve fazer uma análise da qualidade dos empregos no país. “Todos sugerem uma significativa melhora socioeconômica desses que eram beneficiários do PBF em 2005”, diz o MDS.
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