Ministro afirma que MEC deve autorizar vagas para medicina só onde faltam médicos

 

Novos cursos de medicina, proibidos de serem criados desde 2018, serão autorizados a abrir a partir da próxima quarta-feira (5). A ideia inicial do governo é permitir a criação somente nas regiões onde faltam médicos, conforme salientou o ministro da Educação, Camilo Santana.

" A ideia inicial é que ele tenha foco a partir do Programa Mais Médicos para exatamente ter cursos onde há carência e da necessidade de médicos", pontuou Camilo ao G1 nesta segunda-feira (3). A proibição, estipulada no governo do ex-presidente Michel Temer, era uma tentativa de controlar a qualidade da formação de profissionais de saúde, após um alto crescimento de faculdades privadas.

Sem dizer números, Santana disse que, em razão de decisões judiciais, o número de vagas de novos cursos de medicina cresceu mais durante a vigência da moratória, válida até a próxima quinta-feira, do que antes dela.

'"O que aconteceu? Uma enxurrada de decisões judiciais [...]. O objetivo da moratória era reduzir o número de cursos, mas fez foi aumentar e temos que ver a qualidade desses cursos que estão sendo oferecidos para os estudantes de medicina no Brasil", afirmou Santana.

Os registros das entidades que representam as instituições de ensino superior, entretanto, apontam que desde o início da vigência da moratória, foram abertas 1,1 mil vagas por meio de decisões judiciais. Além delas, também foram criadas outras 5 mil que tiveram pedido de abertura feito antes do início da proibição. Ou seja, um total de 6 mil, aproximadamente.

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