Flávio Dino diz que “há múltiplos indícios” de Torres contra eleitores de Lula

 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou nesta terça-feira (4) que há fortes indícios de que o seu antecessor, Anderson Torres, teria agido contra os eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições do ano passado.

“O que eu posso afirmar é que há múltiplos indícios de elaboração de relatórios, viagens, comandos. E temos um indício muito eloquente, o fato ocorreu no dia 30 de outubro, nessas ditas operações atípicas”, disse Dino, em entrevista ao canal do Youtube de Marco Antonio Villa.

A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar uma viagem que Torres fez à Bahia, antes do segundo turno das eleições. A suspeita é de que o ex-ministro teria pedido que a PF atuasse em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas rodovias para dificultar a ida dos eleitores do petista às urnas.

A ideia era favorecer a candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputava a reeleição. No dia da votação no segundo turno, foram realizadas blitzes no transporte público dos eleitores, especialmente no Nordeste, que é conhecida como reduto eleitoral de Lula.

Apesar dos indícios, Dino afirmou que o governo federal vai esperar pelo termino das investigações da PF contra Torres e a PRF.

“Vamos aguardar o término das apurações da Polícia Federal, visto que evidentemente constituiu um fato de imensa gravidade. Faço questão de, mais uma vez, sublinhar a imensa gravidade porque isso significa um engendramento estatal, governamental, para tentar fraudar uma eleição”, afirmou o ministro.

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