Região Sudeste pode decidir eleições, avaliam analistas

 


Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) cumpriram agenda na região Sudeste nessa sexta-feira (21), logo antes do início da última semana de campanha para o 2° turno das eleições 2022.

O petista percorreu cidades de Minas Gerais, estado com o segundo maior colégio eleitoral do país. Bolsonaro, por sua vez, está em São Paulo, onde participou de entrevista com da CNN e do pool de veículos de imprensa.

Na visão de Josias de Souza, jornalista do UOL, essas eleições serão decididas, especialmente, em Minas Gerais. “Em 2018, Bolsonaro prevaleceu com muita folga no Sudeste. Agora, ele venceu no primeiro turno com uma vantagem magra em São Paulo e no Rio de Janeiro e perdeu em Minas Gerais”, ressaltou.

“Para o Bolsonaro, é vital que ele recupere suas posições na região Sudeste. Por isso estão se concentrando tanto nessa região, especialmente em Minas Gerais”, disse. Em sua avaliação, Lula “terceirizou o trabalho [de conquista de votos] em São Paulo para Geraldo Alckmin” e, para vencer no dia 30 de outubro, precisa “manter a dianteira [em MG] e, se possível, ampliar”.

Fernão Lara Mesquita, jornalista e ex-diretor do Estadão, pontuou que, em Minas Gerais, “há sempre um caráter duplo”, classificando como “dois estados que convivem dentro da mesma unidade geográfica”. “Tendo a achar que são as questões mais amplas que vão decidir a eleição”, disse.

Madeleine Lacsko, jornalista do UOL, por sua vez, destacou que “essa é uma eleição que será decidida por dois tipos de indecisos: o primeiro não sabe se vota Lula, Bolsonaro ou nulo. O outro não decidiu se sai de casa para votar”.

“Quem consegue manipular esses dois indecisos é a rejeição. Quem mais aumentar a rejeição do outro, ganha”, analisou.

Levando em consideração, por exemplo, São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, o CEO da Atlas Intel, Andrei Roman, avaliou que o petista tende a diminuir parte da distância que o separa do atual chefe do Executivo no estado, indo contra o que almeja a campanha do presidente.

“Do ponto de vista político, é um bom discurso, porque empolga a base. Dá a impressão de uma candidatura em ascensão com o movimento de acúmulo de novos eleitores. A realidade estrutural é que pode acontecer o oposto, que a distância pode reduzir”, afirmou.

Fonte - CNN

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