O Ministério da Economia anunciou nesta quarta-feira (11) que vai zerar o imposto de importação de sete produtos alimentícios: carne de boi desossada; carne de frango, pedaços e miudezas congelados; trigo; farinha de trigo; milho em grãos; bolachas e biscoitos; e produtos de padaria, de pastelaria e da indústria de biscoitos. As alíquotas para comprar esses produtos no mercado externo variavam entre 7,2% e 16,2%.
A medida faz parte de uma política de abertura gradual da economia, que visa incentivar a concorrência interna e, assim, forçar os produtores nacionais a baixar os preços. A farinha de trigo, por exemplo, é um dos alimentos que mais encareceram no último ano: acumula inflação de 23,2% nos últimos 12 meses, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“Trata-se de uma redução transversal dos impostos; já fizemos isso com a redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] de 35% para quase todos os produtos. Passamos por um momento de forte inflação, que tem poder nocivo para a população. Buscamos fazer reduções ou zerar a alíquota de importação para aumentar a competitividade dos nossos produtos”, explica Marcelo Guaranys, secretário-executivo do Ministério da Economia.
Ele diz que a medida priorizou itens que mais pesam na cesta de consumo das camadas mais pobres da população, considerando as mercadorias que integram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Além dos alimentos, mudam as tarifas de importação de dois insumos usados na produção agrícola: o ácido sulfúrico, ingrediente dos fertilizantes fosfatados e sulfatados, cuja taxa era 3,60%, passa para 0%, e a do fungicida Mancozebe é reduzida de 12,60% para 4%. Ana Paula Repezza, secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), conta que, nesses casos, o objetivo da decisão é diminuir os custos de produção e, assim, tentar frear a inflação. “Todas as propostas de redução e isenção do imposto de importação analisadas na reunião de hoje do Gecex [Comitê-Executivo de Gestão] da Camex foram aprovadas por unanimidade.
Fonte - R7
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