Operação da Polícia Federal cumpre bloqueio de bens e faz buscas contra integrantes de grupo empresarial com dívida bilionária

 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (05), a Operação Background, que mira supostas práticas de crimes tributários e financeiros por integrantes de um grupo empresarial do Nordeste com atuação em âmbito nacional.

A investigação conta com participação da Receita Federal do Brasil e da Procuradoria Regional da Fazenda Nacional na 5ª Região.

Investigadores apuram as supostas práticas de crimes tributários, financeiros, de fraude à execução e contra a organização do trabalho, de organização criminosa e de lavagem de dinheiro por parte de integrantes do grupo empresarial.

Na operação, serão cumpridos 53 mandados de busca e apreensão, além do sequestro e bloqueio de bens e valores de investigados. As determinações foram expedidas pelo Juízo da 4ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco.

Ao todo, mais de 240 policiais federais cumprem as medidas judiciais nos estados de Pernambuco, São Paulo, Amazonas, Pará e Distrito Federal.

“Os investigados se organizaram em um sofisticado esquema contábil-financeiro para desviar o patrimônio das empresas do grupo, transferindo-o para os seus sócios e interpostas pessoas (“laranjas”), com a finalidade de elidir (suprimir) tributos e direitos trabalhistas de centenas de empregados, causando um prejuízo aos cofres públicos e aos trabalhadores apurado em mais de R$ 8,64 bilhões”, afirma a Polícia Federal em nota.

De acordo com a PF, além das buscas de materiais e de indícios de autoria, a equipe de investigação busca, nessa fase da apuração, recuperar o suposto patrimônio que teria sido desviado e ocultado pelos investigadores “com o objetivo não só de reparar o dano patrimonial causado aos cofres públicos, através dos débitos tributários já constituídos, mas principalmente, liquidar os créditos trabalhistas de centenas de empregados do Grupo Empresarial”.

“Com grande parte de suas atividades paralisadas após o esvaziamento patrimonial criminoso, as empresas do grupo investigado deixaram centenas de trabalhadores sem receber salários e outros direitos trabalhistas, sendo um dos objetivos da investigação permitir que essas famílias de trabalhadores recuperem os seus direitos por meio da Justiça do Trabalho, que inclusive já os reconheceu formalmente”, diz a PF.

Segundo a PF, o nome da operação se refere à forma de ocultação patrimonial empregada pela suposta organização criminosa, “criando empresas paralelas, com sócios aparentes, para receber o patrimônio do grupo empresarial, com a finalidade de impedir o pagamento dos créditos trabalhistas e tributários, garantindo que o patrimônio permaneça com seus gestores – Background – conjunto de condições que omitem a realidade”.

A Polícia Federal vai repassar mais detalhes em entrevista coletiva às 10:30h, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. 

Fonte - Blog do Jamildo

Comentários