O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira (8), que deve prorrogar o auxílio emergencial para famílias afetadas pela pandemia do coronavírus.
Em entrevista à TV Bandeirantes, o presidente disse, porém, que o número de pessoas beneficiadas será menor do que em relação ao ano passado. Ele não explicou que critério será utilizado para estabelecer uma linha de corte. "O ministro Paulo Guedes (Economia) tem dito que se a pandemia continuar e a economia não pegar, vamos discutir para ontem", acrescentou.
"Se você não fizer com responsabilidade isso, você acaba tendo a desconfiança do mercado e aumenta o valor do dólar, que passa para R$ 6. E vai impactar no preço do combustível. Fica uma bola de neve", disse.
Mais cedo, em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que discutia a prorrogação do auxilio emergencial com os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
"Temos um cuidado muito grande com o mercado, com os investidores e com os contratos, que devem ser respeitados. Nós não podemos quebrar nada disso. Caso contrário, não teremos como garantir que realmente o Brasil será diferente lá na frente", afirmou.
No domingo (7), a Folha revelou que o Ministério da Economia prepara uma proposta que libera três parcelas de R$ 200, com foco nos trabalhadores informais não atendidos pelo Bolsa Família. A ideia é também estabelecer novas exigências para o recebimento do benefício.
De acordo com um membro do governo que participa da elaboração da medida, a proposta muda o nome da assistência, que deve passar a ser chamada de BIP (Bônus de Inclusão Produtiva).
"Eu tenho conversado com o Ricardo Barros. Os excessos eu converso com ele reservadamente. Ele tem uma liberdade muito grande. Essa briga com a Anvisa eu não apoio. É um órgão autônomo e independente. Essa briga, achar que a Anvisa está preocupada com burocracia e não a vida, não procede", disse Bolsonaro.
O presidente também disse que recomendou aos seus irmãos que sua mãe, Olinda Bolsonaro, de 93 anos, seja vacinada. Ele voltou, no entanto, a afirmar que a Coronavac não tem comprovação científica de que é de fato eficiente.
Fonte - Folhapress
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