Para conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19) no Estado, o Governo de Pernambuco decidiu proibir, durante 30 dias, a realização de eventos sociais e corporativos, a partir da próxima segunda-feira (25). Até o momento, estavam liberados encontros com até 150 pessoas, como palestras, congressos, confraternizações, entre outros. A medida, anunciada na última quarta-feira (20), recebeu críticas e tem levantado dúvidas entre a população.
Nesta sexta-feira (22), o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes, explicou que estão proibidas quaisquer festas e comemorações, incluindo festas de casamento, por exemplo. Missas e casamentos no religioso podem ocorrer seguindo as normas sanitárias, que foram revisadas recentemente para os matrimônios nas igrejas. “Celebrações religiosas são permitidas, casamentos podem acontecer. O que está proibido são festas e comemorações. Casamentos religiosos podem, mas festas estão proibidas pelo decreto, assim como eventos corporativos”, salientou.
A medida foi criticada, após o anúncio, por profissionais e por parte da população. “Fica parecendo que estamos em lados opostos, o governo contra a sociedade e os segmentos da economia. Quem está penalizando é a própria pandemia. E isso não é em Pernambuco; é no Brasil e no mundo. O setor de eventos é o mais prejudicado com a pandemia, eu não tenho a maior dúvida, porque trabalha com aglomeração. E aglomeração não é permitida, porque dissemina o vírus com muita velocidade”.
O secretário defendeu que essas são decisões “duras” e não descartou a adoção de medidas mais restritivas caso a pandemia avance no Estado. “São providências duras, que a gente não queria tomar. Nós também fomos prejudicados. Quanto iremos perder por não podermos realizar Carnaval? Quanto já perdemos por não termos feito São João ano passado? São decisões difíceis, ninguém fica feliz. Quanto às restrições, não se pode desprezar nada. Os números são muito altos. A ocupação das UTIs são altas. Cada vez que for necessário, iremos restringir, seja em horário ou fechamento. O governo não deixará de fazer, mesmo sabendo do prejuízo para a economia, mas priorizando a saúde das pessoas”, destacou.
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