O ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou que a cédula de R$ 200, que é estampada pelo lobo-guará e foi criada na pandemia de covid-19, não vai durar muito tempo. Ele alegou que o futuro do sistema financeiro é digital, como evidencia o Pix – sistema de pagamentos instantâneos brasileiro que entra em vigor no próximo dia 16.
“Está vindo aí o Pix para transferências digitais. O futuro é de menos dinheiro na mão e notas mais simples. Então, ali na frente, vai acabar o lobo-guará, vai acabar a nota de R$ 200 e R$ 100. […] O Brasil voltando, o lobo-guará vai se aposentar, vai ter uma carreira curta”, disse Guedes, nesta quinta-feira (29/10), em audiência pública da Comissão Mista da Covid-19 do Congresso Nacional.
O ministro reconheceu que a criação de uma nota de R$ 200 foi na “contramão da direção do mundo, que está indo para notas mais baixas para acabar com o crime, que se financia através dessas notas altas, para acabar com a corrupção”. Porém, disse que esta foi a solução encontrada pelo governo para garantir os pagamentos do auxílio emergencial.
Na pandemia, houve um aumento do entesouramento e o governo não tinha recursos, nem tempo suficiente para satisfazer produzir todo o dinheiro necessário ao pagamento do auxílio emergencial com cédulas de valores mais baixos.
“Essa nota grande foi inventada porque nós tínhamos um problema logístico: pagar as pessoas. As pessoas mais simples não tinham as ferramentas digitais. Então, nós tínhamos que dar o dinheiro físico, e o dinheiro estava ficando entesourado”, lembrou.
Revolução silenciosa
Para Guedes, o futuro do sistema financeiro é digital e essa “revolução silenciosa” do mercado financeiro já começou no Brasil, com o advento das fintechs e agora com o lançamento do Pix. O ministro classificou o Pix com uma infovia digital, que vai permitir transferências bancárias baratas em velocidade fulminante.
“Há um futuro digital chegando. O Brasil é a terceira ou a quarta maior economia digital do mundo”, afirmou o ministro. Ele disse, contudo, que esse cenário torna premente a necessidade da criação de um imposto digital.
A ideia de Guedes é criar uma CPMF Digital para bancar a desoneração da folha. Porém, ainda nesta quinta-feira, o ministro perdeu a paciência com a resistência dos parlamentares de tratar do assunto. Por isso, jogou para o Congresso a missão de encontrar uma forma de financiar a desoneração da folha.
Fonte - DP
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