Em 2019, PE registrou 2.325 novos casos. SES apoia municípios
nas ações e promove programação estadual
nas ações e promove programação estadual
Mais do que os sintomas incapacitantes, a hanseníase traz consigo outro fator preocupante: o estigma associado à doença. O preconceito vivenciado pelo paciente, muitas vezes, o isola do restante da sociedade, impossibilitando o diagnóstico correto e o tratamento adequado. Como forma de chamar a atenção para a relevância do tema, entidades da saúde unem esforços neste período para divulgar a campanha Janeiro Roxo, mobilização em prol do combate à doença infecciosa que tem como principais sintomas manchas pelo corpo e alterações de sensibilidade na pele. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) iniciou programação educativa para profissionais da área e população em geral. Com o mote “Não isole, cuide: hanseníase tem cura”, as ações seguem até o dia 31 do mês em articulação com os municípios pernambucanos.
Nos últimos dias, a Secretaria capacitou profissionais envolvidos na linha de cuidados para o manejo clínico da doença, promoveu ciclos de debate sobre o tema e realizou ação de panfletagem e passagem de faixa pelo campo no clássico entre Náutico X Sport, no Estádio dos Aflitos, na primeira rodada do campeonato pernambucano 2020, além de apoiar os municípios em suas ações no território. Ao longo da próxima semana, a programação continua, com mais seminários, formações para profissionais e ações de saúde. Nesta terça-feira (28), às 8h, a SES-PE participará de ação no Centro de Comercialização e Atendimento à Microempresa, no bairro de Cavaleiro, em Jaboatão dos Guararapes, para detecção de casos da doença. Já na quarta (29), a Secretaria promoverá dois debates na sede do nível central, no Bongi. Às 8h, haverá ciclo de debate sobre a hanseníase para agentes comunitários de saúde (ACS). Na parte da tarde, a partir das 14h, a SES-PE promoverá o debate "Atualização do Manejo das Reações Hansênicas e o Uso Terapêutico da Talidomida".
Em 2019*, foram registrados 2.325 novos casos de hanseníase no Estado. Em 2018, foram 2.263 novos casos da doença. Apesar dos últimos números se manterem estáveis, a SES-PE reforça a necessidade de trabalhos contínuos para conscientização da sociedade e diminuição das ocorrências. “Ao orientar a população e profissionais de saúde sobre os sinais e sintomas da doença, favorecemos, consequentemente, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado em tempo oportuno, além de combater a discriminação e promover a inclusão dos pacientes. É importante lembrar que a hanseníase tem cura, mas, se não tratada corretamente, pode causar diversas lesões incapacitantes ao organismo”, ressalta a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, Débora Amaral.
Promovida em parceria com o Centro Social da Mirueira e o Movimento de Reintegração de Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), o Janeiro Roxo da SES-PE encerrará com ação de panfletagem no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana, no próximo dia 31. A mobilização conta, ainda, com engajamento da sociedade civil. O cantor e compositor Silvério Pessoa abraçou a causa e participou da campanha de combate à hanseníase elaborada especialmente para as redes sociais. Confira o cronograma de atividades:
14.01 a 16.01 - Formação em Manejo clínico da hanseníase e avaliação de grau de incapacidade (Timbaúba, Capoeiras e Goiana)
17.01 | 8h - Ciclo de debate: Hanseníase: Um desafio milenar (auditório da SES-PE)
17.01 | 14h - Ação de detecção de casos novos de hanseníase (consultório da SES-PE)
19.01 | 16h - Divulgação: Passagem de faixa no clássico do campeonato pernambucano e panfletagem (estádio dos Aflitos)
20.01 | 8h - Ação de detecção de casos novos de hanseníase (consultório da SES-PE)
21.01 | 14h - Ação de detecção de casos novos de hanseníase (consultório da SES-PE)
22.01 - Formação em Manejo clínico da Hanseníase e avaliação de grau de incapacidade (Passira)
23.01 | 8h - Apoio na Ação de detecção de casos novos de hanseníase (Paulista)
24.01 | 9h - Participação na Caminhada de Combate à hanseníase (Praça da República - Recife)
28.01 | 8h - Apoio na Ação de detecção de casos novos de hanseníase e panfletagem no metrô (Jaboatão dos Guararapes)
29.01 | 8h - Ciclo de debate: hanseníase para ACS (auditório da SES-PE)
29.01 | 14h - Ciclo de debate: Atualização do Manejo das Reações Hansênicas e o Uso Terapêutico da Talidomida (auditório da SES-PE)
30.01 | 8h - Seminário Hanseníase: Um desafio milenar (Cineatro Mirueira, Hospital Geral da Mirueira)
31.01 | 8h - Apoio na Ação de detecção de casos novos de hanseníase (Pátio da Estação - Cabo de Santo Agostinho)
31.01 | 8h - Divulgação: Panfletagem na estação do trem (Pátio da Estação - Cabo de Santo Agostinho)
A DOENÇA - A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica e com alto poder incapacitante. Causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, acomete, principalmente, a pele e os nervos periféricos. Também pode manifestar-se em outros órgãos e regiões do corpo, como articulações, olhos, testículos e gânglios. A transmissão ocorre quando uma pessoa infectada, e que não recebe o tratamento, elimina o bacilo para o meio exterior, infectando outras pessoas. A principal via de eliminação e entrada do bacilo são as vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), através de contato íntimo e prolongado.
Os principais sinais e sintomas da doença são: manchas esbranquiçadas, acastanhadas ou avermelhadas, com alterações de sensibilidade (a pessoa pode sentir choques, câimbras e formigamentos que evoluem para dormência); pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos; diminuição ou queda de pelos localizada ou difusa (especialmente sobrancelhas) e ausência de sudorese no local (pele seca).
O tratamento recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é baseado na poliquimioterapia, ou seja, com o uso de várias drogas para a intervenção terapêutica. Uma parte do tratamento é realizada nos postos de saúde, necessitando que o paciente compareça à unidade uma vez por mês para tomar a medicação (dose supervisionada). No restante do tratamento, o paciente pode tomar os remédios em casa. Vale reforçar que toda a medicação para hanseníase é fornecida pelo Ministério da Saúde (MS). A adesão ao tratamento leva à cura da doença e impede a sua transmissibilidade.
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