O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quinta-feira (24) a “pesos pesados” da indústria da China que pretende eliminar a burocracia nas viagens de chineses ao Brasil.
O objetivo é facilitar o trânsito de comitivas com integrantes de empresas interessadas em avaliar oportunidades de investimento no Brasil. A falta de postos e a burocracia brasileira têm limitado a formação de grupos de investidores ao país.
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Bolsonaro se reuniu em Pequim com 19 presidentes de grandes companhias chinesas de setores como varejo, aviação, infraestrutura, agrícola e entretenimento. Entre eles, estavam Wang Ming Qiang, CEO do Alibaba, Feng Yong Fang, presidente do Grupo de Investimentos CRCC (infraestrutura), e Yu Songho, presidente do HeRun Group, um dos maiores importadores de soja do país.
O encontro foi organizado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que convidou companhias com as quais a entidade mantém contato.
Hoje os empresários chineses que querem viajar ao Brasil precisam ir a um dos três consulados brasileiros no país, situados em Pequim, Xangai e Cantão. Já existe um plano em andamento para ampliar para 12 cidades.
Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para frisar aos chineses que o Brasil agora está “solvente” após a aprovação da reforma da Previdência, o que dará previsibilidade aos seus negócios. A reunião foi bastante protocolar e durou cerca de meia hora. Os empresários chineses apresentaram seus negócios e falaram sobre seu desejo de investir no Brasil.
A abertura de Bolsonaro ao investimento chinês representa uma importante mudança de postura em relação ao discurso adotado na campanha eleitoral. Na época, o então candidato chegou a afirmar que “a China não estava comprando no Brasil, mas comprando o Brasil”.
A ala política brasileira capitaneada por Olavo de Carvalho -conhecido como o “guru” de Bolsonaro-, não vê com bons olhos a aproximação entre Brasil e China.
Em janeiro deste ano, um comitiva de deputados visitou a China para conhecer os sistemas de segurança por reconhecimento facial do país e foi duramente criticada pelo escritor que chamou os congressistas de “caipiras” e “semianalfabetos”. Apesar da resistência de parte de seus eleitores, Bolsonaro tem adotado um tom pragmático e levado aos chineses a mensagem de que o Brasil está aberto a negócios.
A China é o maior parceiro comercial do Brasil. De janeiro a setembro, o intercâmbio comercial entre os dois países somou US$ 72,8 bilhões. Em 2018, foram US$ 98,8 bilhões -um recorde.
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