Frigoríficos esperam ao menos 3 anos de alta nas exportações de carne de frango e de porco devido à peste suína

crise de peste suína africanaque atinge a China e outros países da Ásia e da Europa pode garantir pelo menos 3 anos positivos para as exportações brasileiras de carnes de porco e de frango, de acordo com a associação que representa as indústrias do setor (ABPA).
O setor, que vinha enfrentando problemas nos embarques desde a Operação Carne Fraca, em 2017, vê uma possibilidade de retomada.
“As indústrias que estão ociosas estão prontas para atender a esta demanda, e algumas já estão retomando as atividades”, disse o presidente da associação, Francisco Turra, nesta quarta-feira (21).
Segundo a ABPA, o surto de peste suína africana foi o principal responsável pelo aumento de 5,8% nas exportações de carne de frango em 2019, e de 19,6% para os suínos. Só os chineses aumentaram em 21% e 31% as vendas dessas proteínas, respectivamente.
A peste suína atinge criações de pelo menos 16 países, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês).
Representantes asiáticos da ABPA afirmam que a recomposição do rebanho de animais aos níveis anteriores ao da doença deve demorar entre 3 a 5 anos. Isso sem levar em consideração uma demanda maior da população pelas carnes.

No caso da carne de porco, as indústrias brasileira ainda precisam de autorização da UE, mas a associação afirma que esta não é uma prioridade neste momento.

“Como estão se abrindo os mercados da Rússia e da China, não há muito interesse do Brasil de exportar para a União Europeia porque ela tem um volume baixo de importação”, afirmou o diretor técnico da ABPA, Rui Varga.
“Não tinha esse interesse da União Europeia e nem do Brasil, mas pode ser que exista uma aproximação por conta do acordo”, completou Vargas.

Exportações em 2019

Na projeção da ABPA, as exportações de carne de frango deverão atingir 4,3 milhões de toneladas em 2019, um crescimento de cerca de 200 mil toneladas em relação ao ano passado.
Já as vendas de carne suína poderão crescer para 720 mil toneladas ante 646 mil toneladas em 2018.

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