Trânsito do Recife - Foto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco/arquivo
O Ministério das Cidades apresentou nesta
terça-feira (25) o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito
(Pnatrans), com o objetivo de reduzir pela metade o número deacidentes no
trânsito em um período de 10 anos.
“O Brasil, infelizmente, demorou um tempo bem mais
moroso para se integrar a um compromisso junto à ONU [Organização das Nações
Unidas] e OMS [Organização Mundial da Saúde] para reduzir pela metade as mortes
no trânsito. No Brasil, esse número é extremamente alarmante, mas,
aparentemente, a população não absorve quando não acontece próximo a ela.
Estamos de fato apelando a todos os governos que possam estar conosco nessa
iniciativa” destacou o ministro das Cidades, Alexandre Baldy.
Segundo ele, a estimativa é que o Brasil gaste R$
50 bilhões por ano com os acidentes de trânsito, que causam uma média de 45 mil
mortes ao ano, cerca de 130 mortes por dia.
Criado pela Lei 13.614/2008, o Pnatrans estabelece
um trabalho conjunto de órgãos de trânsito, transporte, saúde, justiça e
educação, além de agrupar levantamentos feitos por entes governamentais e
instituições privadas.
As metas anuais de redução dos índices para cada
estado da Federação e para o Distrito Federal serão definidas pelo Conselho
Nacional de Trânsito (Contran) com base nas informações do Datasus. “O Pnatrans
é a ferramenta mais importante que nós temos de combate ao alarmante número de
mortes no trânsito e para termos um trânsito mais cidadão”, afirmou Mauríco
José Alves, presidente do Contram.
Causas de acidentes
Segundo a PRF, no topo do ranking de causas de
acidente com morte ocorridos em 2016 estão a desatenção por parte do motorista
(30,8%); excesso de velocidade (21,9%); ingestão de álcool (15,6%);
desobediência à sinalização (10%); e ultrapassagens indevidas (9,3%). Em 6,7%
dos casos, os motoristas adormeceram ao volante, causando os acidentes que
resultaram em mortes. Isso significa que, somadas, essas causas que têm o erro
humano em comum, totalizam 94% dos acidentes de trânsito fatais.
O Ministério da Saúde, por sua vez, indica que
motoristas que dirigem alcoolizados causam mais de um quinto (21%) dos
acidentes ocorridos nas vias brasileiras, sendo que as principais vítimas são
homens com idade entre 20 e 39 anos. De acordo com a pasta, a cada 15 minutos,
o Brasil registra um óbito decorrente de acidentes de trânsito.
Relatório da OMS revela que a alta incidência pode
ser observada em todo o mundo. Em âmbito global, os acidentes por transportes
terrestres são responsáveis por 1,25 milhão de mortes (12% do total) e 50
milhões de feridos, constituindo a principal causa de morte entre jovens de 15
a 29 anos.
Mudança de comportamento
Estatísticas provam que gestos simples, como
utilizar o cinto de segurança, considerado item obrigatório, fazem, de fato,
enorme diferença. Segundo cálculos da Agência Reguladora de Serviços Públicos
Delegados de Transporte do Estado de São Paulo(Artesp), o uso do cinto pode
reduzir em 45% o risco de morte. A porcentagem chega a 75% no caso de passageiros
transportados no banco de trás do veículo.
Conforme manual escrito pela Organização das Nações
Unidas (ONU), as chances de um pedestre sobreviver a um atropelamento gerado
por um motorista que trafega a 64 quilômetros por hora é 80% menor do que as de
um atingido por um veículo que circula com a metade da velocidade.
Fonte - FolhaPE
Fonte - FolhaPE
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