Em ação conjunta, PM e PF destroem laboratório clandestino do PCC em PE

Parecia filme de ação. Com apoio operacional da Polícia Militar e cães farejadores, a Polícia Federal conseguiu desarticular uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC), que estava instalada no Agreste pernambucano e enviava armas e drogas para toda a região, com destaque para o estado de Alagoas. Dois homens foram presos e o líder local do PCC, José Luciano de Carvalho, mais conhecido como “Bala”, foi atingido durante uma troca de tiros com os policiais e morreu no Hospital Regional do Agreste.
No Sítio Viração, em Pesqueira, onde funcionava um laboratório clandestino de refino de drogas, foram encontrados 20kg de entorpecentes (pasta-base, barrilha, crack e cocaína, além de um fardo de maconha). O local era utilizado como ponto de estocagem e distribuição para criminosos que atuam na modalidade de assalto a bancos e carros fortes, cada vez mais frequentes no interior.
De acordo com o chefe de Comunicação Social da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro, a ação integrou equipes de Alagoas e de Pernambuco, dentro da “Operação Culatra“, que teve suas investigações iniciadas após a prisão de um traficante no mês de abril, em Maceió. O homem foi preso numa barreira policial na BR-104, em União dos Palmares (AL), possivelmente a caminho de Caruaru, e os dados obtidos levaram a “Bala”, “bandido de alta periculosidade que tinha se estabelecido em Maceió para servir de ponte com o PCC de São Paulo”.
Bala” era foragido da Justiça alagoana. Por já ter sido preso e estar se sentindo pressionado, ele mudou-se para Caruaru, onde passou a residir, e instalou o laboratório num sítio em Pesqueira. Do Agreste pernambucano, “Bala” continuou comandando o esquema de distribuição de armas e drogas em Alagoas. “Apesar de estar em Pernambuco, o foco principal dele era lá”, explicou Santoro.
Duas equipes com cerca de vinte policiais militares e federais realizaram uma ação concomitante em Caruaru e em Pesqueira. Dentro do sítio foi encontrado um túnel subterrâneo, camuflado sob cerâmica, onde havia estocado material para fabricação de drogas, inclusive carimbos utilizados para marcar os invólucros que seriam comercializados. As plaquetas traziam a inscrição “K9“, indicando a facção criminosa responsável pelo processo. Os homens que trabalhavam para “Bala” eram pai e filho, José Nilton e José Daniel da Silva, e foram encaminhados à penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, acusados de tráfico de entorpecentes e associação criminosa. Ambos estão à disposição da Justiça de Alagoas, que foi a responsável pelo mandado de prisão da quadrilha. Já a segunda equipe realizou a ação no bairro de Divinópolis, onde “Bala” residia em Caruaru. Ela acabou resultando na morte do bandido, que reagiu a tiros quando percebeu a presença dos policiais e terminou sendo alvejado.

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