Presidente do sindicato, Carlos Alberto Bezerra diz que o estado abriga cerca de 29 indústrias de grande, médio e pequeno porte, além das chamadas mini-indústrias. “As fábricas já vinham operando com metade da capacidade de produção desde a semana passada, mas a falta de combustível e os pontos de bloqueio nas rodovias estão prejudicando fortemente o setor”, explicou, acrescentando que funcionários estão sendo dispensados e os empresários farão uso do sistema de banco de horas para compensar os dias parados.
Ele ressaltou que não há descarte nas indústrias, mas a capacidade de armazenagem já está no limite. A estimativa é de que o setor demore até um semestre inteiro para se recuperar totalmente. “Supondo que daqui para sexta-feira todas essas questões estejam solucionadas, ainda será preciso seis meses. Imagine para um trabalhador comum ter o prejuízo de dois salários (não recebidos). Para recuperar a conta, é preciso fazer parcelamentos, e é isso o que vai acontecer com as fábricas”, comparou.
Uma das empresas atingidas é a Bom Leite, localizada em São Bento do Una, no Agreste, que suspendeu a produção no último sábado. “Essa é a primeira vez em 27 anos que paramos totalmente”, disse Stênio Galvão, proprietário da empresa. Em um dia normal, a fábrica recebe de 80 mil a 90 mil litros de leite. “Desde a semana passada, estamos com caminhões presos em manifestações. São veículos que fazem a coleta de leite nas fazendas”, disse Galvão, acrescentando que há 18 veículos parados em todo o país de fornecedores de outros insumos, como materiais para produzir as embalagens. Por dia, o prejuízo varia entre R$ 300 mil a R$ 400 mil, totalizando, até hoje, mais de R$ 1 milhão em perdas. A empresa possui 206 funcionários somente na linha de produção e todos foram dispensados.
Levando em consideração os produtores de leite e as indústrias localizadas no estado, o prejuízo de Pernambuco no setor, por dia, chega a R$ 3,1 milhões. Estimativa da Sociedade Nordestina de Criadores aponta que 900 mil litros do produto são descartados diariamente pela falta de condições de transporte para as fábricas, provocando uma perda de faturamento de R$ 1,1 milhão.
NACIONAL
A greve dos caminhoneiros continua ampliando os prejuízos da indústria, do comércio e da agricultura do país. Dados divulgados por 13 segmentos da economia indicam perdas de mais de R$ 50 bilhões com fábricas paradas, exportações suspensas, vendas adiadas e animais mortos, entre outros problemas.
No grupo de setores com maiores perdas estão o de distribuição de combustível, que deixou de vender o equivalente a R$ 11 bilhões.
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