Um homem que apresentava sintomas de uma “doença misteriosa” que causa dor forte muscular, além de urina na coloração escura, de morreu na cidade de Vera Cruz, na região metropolitana de Salvador, no último dia 31 de dezembro.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (10) pela Secretaria de Saúde da Bahia. O governo baiano investiga a causa da morte e não confirma a correlação com a doença. Há suspeita que ele tinha sofrido um infarto.
Os primeiros casos da doença surgiram em dezembro de 2016. Na época, o governo baiano emitiu alerta epidemiológico informando às unidades de saúde do Estado sobre a doença, chamada “mialgia [dor muscular] aguda a esclarecer”.
Até 5 de janeiro, o governo da Bahia registrou 52 casos suspeitos da doença, todos na Região Metropolitana de Salvador. No boletim anterior, de 19 de dezembro, eram 22 casos.
Os sintomas incluem fortes dores na região cervical e na região do trapézio (costas), dores musculares intensas nos braços, dorso, coxas e panturrilhas, além de urina em coloração escura. Nenhum paciente apresentou febre, sintomas respiratórios ou gastrointestinais.
CAUSAS
Parte dos pacientes informaram que haviam consumido peixe no período anterior ao surgimento sintomas. O governo baiano, contudo, não confirma a correlação.
“Ainda não temos elementos suficientes para determinar a causa da doença. Estamos investigando em quatro frentes”, diz a superintendente de Vigilância em Saúde do governo da Bahia, Ita de Cácia Aguiar.
O governo investiga possibilidades contaminação de alimento por toxina, por metais pesados, por vírus ou bactérias.
A secretaria de Saúde fez testes de contaminação por bactéria, mas todos os resultados deram negativo até o momento.
Laboratórios de outros Estados investigam a possível contaminação por vírus e matais pesados. A investigação de contaminação por toxina será feita por um laboratório nos Estados Unidos.
O governo estadual orienta as secretarias a buscar casos compatíveis nos prontuários de pacientes atendidos desde 1º de novembro, coletar amostras de soro e fezes para exame laboratorial e encaminhá-las ao Laboratório Central de Saúde Pública.
Fonte: Folha de São Paulo
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