Com a temperatura subindo, aumenta a quantidade de mosquitos – e também a preocupação com as doenças transmitidas por eles.
O Ministério da Saúde lançou um alerta sobre a chikungunya.
Especialistas afirmam que o vírus da chikungunya tem um potencial de disseminação maior do que dengue e zika. Uma das razões é que o ciclo de transmissão da chikungunya é mais curto.
A fêmea do Aedes aegypti está pronta para passar o vírus de três a cinco dias depois de ter picado pela primeira vez uma pessoa contaminada. Esse tempo é de cinco a sete dias no caso da dengue e da zika.
Como a fêmea do mosquito vive, em média, 20 dias, ela tem um tempo maior para voar e transmitir a doença para outras pessoas.
Os primeiros dois casos de transmissão do vírus da chikungunya dentro do Brasil só foram confirmados em setembro de 2014.
Um ano depois o número de contaminados já chegava a 36 mil pessoas. Em 2016, houve uma nova explosão: 263 mil casos da doença.
“Não há possibilidades reais de termos uma epidemia de chikungunya. O que teremos, sim, é um aumento de casos,” diz o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
O vírus chikungunya ainda não completou no país o que o professor Pedro Tauil, especialista no assunto, chama de ciclo de contaminação.
O número de pessoas imunizadas, que já tiveram chikungunya, não é suficiente para conter o crescimento da doença.
“O problema é ter esse número de pessoas, esse grande número de pessoas infectadas simultaneamente”, explicou Pedro Tauil, professor de epidemiologia da UnB.
As pesquisas feitas até aqui mostram que a pessoa só pega chikungunya uma vez. Mas a doença provoca muita dor e incapacita para o trabalho.
“Essa palavra chikungunya num dialeto africano quer dizer pessoa que anda inclinada. Porque de tantas dores articulares, as pessoas andam inclinadas e isso pode prolongar-se por meses e algumas vezes por anos”, disse Pedro Tauil.
No Distrito Federal estão sendo colocadas armadilhas em pontos estratégicos como hospitais e postos de saúde. Armadilhas para capturar as larvas do mosquito e também o mosquito adulto. A partir daí fica mais fácil montar uma estratégia eficiente de combate ao Aedes aegypti. Uma vez capturados, não conseguem sair da armadilha. Método semelhante vem sendo usado também no Paraná e em Minas Gerais.
“Usar ferramentas, armadilhas que possam cobrir essa área que não necessariamente seja um agente, mas que me dê um indicativo de infestação e de distribuição espacial. Sabendo onde, quando e como definimos qual é a metodologia para controle”, disse Divino Valero Martins, diretor de Vigilância Ambiental.
Mesmo com métodos alternativos, não há como vencer o mosquito sem que cada um faça a sua parte.
Fonte: Jornal Nacional
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