Rio 2016: Militares conquistam 68% das medalhas brasileiras

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Um resultado de superação. É esse o balanço da atuação do desporto militar brasileiro nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O Ministério da Defesa ultrapassou as metas estabelecidas de classificar 100 atletas militares e conquistar 10 medalhas. Os números foram superiores a Londres, em 2012, e a soma chegou a 145 militares integrantes do Time Brasil que alcançaram 13 medalhas.
Com 19 medalhas, o Brasil teve o melhor desempenho da história em Olimpíadas. A contribuição das Forças Armadas para esse alcance foi de 68% dos pódios.
“A nossa avaliação a respeito de nossos atletas militares é a melhor possível. O sucesso de nosso programa é inquestionável, assim como também é indubitável que sua contribuição para a elevação do Brasil à condição de potência olímpica será muito importante. É um programa altamente inclusivo e flexível, pois admite diversos modelos de parcerias com as demais entidades ligadas ao esporte, como, por exemplo, os clubes, as confederações e as empresas”, ressalta o diretor do Departamento de Desporto Militar, Paulo Zuccaro.
O crescimento da participação dos atletas militares no desporto nacional, que resultou na conquista de 30% das vagas do Time Brasil, vem sendo construído ao longo dos últimos oito anos. Em sintonia com o planejamento do País no cenário esportivo de alto rendimento, os ministérios da Defesa e do Esporte uniram esforços e, em 2008, criaram o Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das Forças Armadas.
“É muito importante a gente ter outros tipos de recursos, representar a Marinha nos Jogos Mundiais Militares, onde a gente conhece alguns adversários que possam estar em Olimpíada e em campeonatos mundiais. A gente tem uma ajuda também, porque a gente não consegue treinar com preocupação. A gente tem uma renda fixa e uma preocupação a menos, podendo se preocupar mais com o treino e a competição”, comentou a judoca Rafaela Silva.
“Sem esse apoio, eu certamente não teria chegado a essa medalha de ouro”, afirma o campeão olímpico do salto com vara, Thiago Braz, que, aos 22 anos, é terceiro sargento da Aeronáutica.
“Nunca sonhei que um dia disputaria uma Olimpíada na vida. Por isso agradeço muito aos meus amigos e à minha família”, disse ao final da disputa. “Por mais que eu tente te explicar, é uma sensação única. É um sonho. Não tem como explicar como é estar aqui. É um momento único. Por mais que fale palavras bonitas, não tem como descrever”, falou Maicon Siqueira, medalha de bronze no taekwondo.
Durante os Jogos do Rio, os militares participaram das disputas de 27 modalidades, o que corresponde a 64% dos esportes das Olimpíadas. As Forças Armadas estiveram presentes nas provas de atletismo, basquete feminino, ginástica artística, hipismo adestramento, hóquei sobre grama, natação, judô, levantamento de peso, tiro esportivo, tiro com arco, taekwondo, vôlei de praia, maratona aquática, lutas, ciclismo pista, ciclismo estrada, handebol, vela, esgrima, boxe, remo, saltos ornamentais, nado sincronizado, canoagem slalom, badminton, triatlo e pentatlo moderno.
Os medalhistas representantes das três Forças foram:
Marinha: Rafaela Silva (ouro no judô), Mayra Aguiar (bronze no judô), Maicon Siqueira (bronze no taekwondo), Robson Conceição (ouro no boxe), Martine Grael e Kahena kunze (ouro na vela), Alison e Bruno (ouro no vôlei de praia) e Ágatha e Bárbara (prata no vôlei de praia).
Exército: Felipe Wu (prata no tiro esportivo), Poliana Okimoto (bronze na maratona aquática) e Rafael Silva (bronze no judô).
Força Aérea: Arthur Nory (bronze na ginástica artística), Arthur Zanetti (prata na ginástica artística) e Thiago Braz (ouro no atletismo).
Fonte: R7

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