A sífilis congênita, doença centenária largamente conhecida e que provoca graves problemas em bebês, anda esquecida nesta era da Síndrome Congênita do Zika. A previsão do Governo Federal é que os novos casos da transmissão vertical de mãe para o filho em 2016 devem superar 22 mil.
Faltam dados fechados de 2015, quando a prioridade do País passou a ser o novo vírus. No entanto, profissionais de saúde asseguram um “boom” da enfermidade. A doença vem seguindo uma progressão de casos novos.
Entre 2004 e 2013 a taxa de incidência quase triplicou, passando de 1,7 caso por mil nascidos vivos para 4,7. Pernambuco amarga o 5º lugar no cenário nacional, com 7,1 casos por mil bebês e o Recife amarga o título de 2ª no ranking das capitais, com 18,2 casos.
A sífilis, que também provoca malformações fetais, inclusive a microcefalia, é ainda causa de óbitos fetais e neonatais, além de abortamentos. Desprezada pelas autoridades na atual epidemia de crianças nascidas com anomalias pelo zika, a sífilis congênita encontrou ainda mais espaço para crescer apoiada na falta da medicação para o tratamento.
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