A campanha de vacinação contra os vírus da influenza A H1N1 encerra nesta sexta-feira (19). Por isso, os grupos prioritários devem ficar atentos ao período final da imunização, e procurar um das 176 unidades de saúde, que disponibilizam a vacina. Quem não se vacinar dentro do período, poderá se vacinar nos postos que ainda tem a vacina, a imunização ficará disponível até acabar todo estoque, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES).
No âmbito público, Pernambuco recebeu do Ministério da Saúde (MS) o total de 2,2 milhões de doses, que já foram distribuídas aos municípios. Segundo a SES o número é suficiente para imunizar todo o grupo prioritário, formado por 2.095.962 de pessoas em todo o estado. Até o momento, mais de 1,5 milhão de pessoas já foram vacinadas em Pernambuco, cerca de 72% do público esperado.
No Recife, pelo menos 80% do público alvo já foi atingido, o que corresponde a 273.985 pessoas. Meta que, segundo os dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, foi alcançadadesde o início da campanha.
Ainda de acordo com a SES a vacina contra os vírus da influenza A H1N1 deve diminuir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade global.
O SUS oferta a vacina contra o H1N1 gratuitamente para crianças de 6 meses a menores de 5 anos (até 4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, até 45 dias após o parto, trabalhador de saúde, idosos (a partir de 60 anos), povos indígenas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens entre 12 e 21 anos sob medida socioeducativas. No caso das pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, é necessário levar prescrição médica comprovando a situação para que seja feita a imunização.
Falta de vacina
Em algumas unidades de saúde a falta de vacina tem levado moradores a procurar postos de outras localidades. A aposentada Jeter Neta, foi uma delas. Nos três postos de saúde mais próximos de casa, as tentativas de encontrar a vacina foram frustradas.
“Fui no posto mais perto de casa logo de manhã, os funcionários informaram que não tinha a vacina. Em seguida fui em um na Imbiribeira, logo na entrada tinha uma placa informando a falta da vacina. Passei em uma unidade de saúde em Piedade, e também não tinha. Só consegui achar em Jaboatão”, contou.
O fisioterapeuta Daniel Mafre, 28, também tem passado pela mesma situação. Pela segunda vez, o profissional de saúde, estava tentando a imunização no Centro de Saúde Dom Miguel de Lima Valverde, no bairro de Boa Viagem, mas sem sucesso. “Vim sexta feira e falaram que tinha acabado, e que não tinha previsão para chegar, vim hoje e também não tem”, disse.
De acordo com funcionários da instituição o lote de vacina acabou na última terça, dia em que foram realizadas 400 vacinações só na unidade.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que o estado fez o repasse total do quantitativo recebido pelo Ministério da Saúde, e que cabe aos municípios fazer o controle dos lotes de vacina que chegam. Ainda de acordo com a SES, possivelmente até o final da campanha, chegará um pequeno lote de vacina.
Nas clínicas particulares a demanda também tem sido grande, o que tem levado a falta da vacina. Em uma clínica privada localizada na Zona Norte da cidade, a vacina está em falta há cerca de 15 dias. De acordo com funcionários da instituição a procura tem sido grande, e a previsão para chegar será daqui a um mês. A vacina quadrivalente na clínica custa R$130,00 e a trivalente R$110,00.
Conasems
A diretoria do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) esteve reunida na tarde desta quarta-feira (18) com o novo ministro da Saúde, Ricardo Barros, para discutir a logística do SUS nos municípios. Um dos temas recaiu sobre a falta da vacina H1N1 já observada em muitas cidades do País. “Falamos da necessidade da vacinação do H1N1 para a população alvo.
Houve problemas com aplicação de vacina em população para além da população alvo, o que esta redundando em falta de vacina para completar os percentuais da população”, pontuou o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, que também compõe a direção do Conasems. O encontro também dialogou sobre alguns calos na pactuação do SUS como financiamento, repasse de recursos e habilitação de serviços.
Fonte: Folha PE
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