Setembro foi o
pior mês para os trabalhadores negociarem aumentos salariais desde abril de
2011, revela levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE)
com base em dados da empresa de recrutamento online Catho. No nono mês de 2015,
a relação entre o número de vagas por candidato, que indica o poder de barganha
dos empregados, apresentou o oitavo recuo mensal consecutivo, ao cair 2,8% na
comparação com agosto.
Em oito meses de deterioração, os brasileiros
inseridos no mercado de trabalho perderam 4 anos e meio de melhoras nas
condições de barganhar junto aos patrões. Com cada vez mais pessoas
interessadas na mesma vaga, agora são os empregadores que têm mais poder de
impor condições no momento de acertar termos com os empregados.
A piora na relação
do número de vagas por candidato em setembro tem relação direta com a menor
oferta de oportunidades. No mês, houve um recuo de 3,4% no número de novas
vagas de emprego na comparação com agosto. Em outubro, no entanto, o índice subiu
7,5% ante setembro, a primeira alta desde março de 2015, segundo a pesquisa
Catho-FIPE.
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