BRASÍLIA
- O Ministério da Saúde confirmou oficialmente a relação entre a epidemia de
microcefalia identificada no Nordeste e a infecção pelo zika. O Instituto
Evandro Chagas, do Pará, identificou a presença do vírus, transmitido pelo Aedes
aegypti, em exames feitos em uma criança, do Ceará, que nasceu com
microcefalia e outras doenças congênitas. Além da ligação com microcefalia, o
ministério confirmou a segunda morte associada ao zika. Trata-se de uma menina
de 16 anos, da cidade de Benevides, no Pará. Ela morreu em outubro, com a
suspeita de dengue.
Este
achado é, a exemplo da microcefalia, considerado de extrema importância por
técnicos do ministério. Desde que chegou ao Brasil, no início do ano, zika era
considerado como um problema de menor gravidade. Não havia registro na
literatura internacional de mortes ligadas à doença, que até agora era chamada
de "prima fraca" da dengue.
Com a
segunda morte confirmada, o ministério decidiu mudar o protocolo de tratamento
do paciente. A recomendação agora é que serviços de saúde passem a dispensar
atendimento para possíveis casos de agravamento da zika semelhante ao que é
realizado nos casos de dengue.
Na
sexta, o Instituto Evandro Chagas já havia confirmado a morte de um paciente
com zika. O achado, embora relevante, foi analisado com cuidado pelos
especialistas em razão das condições do paciente: ele apresentava lúpus, uma
doença autoimune que pode ter graves consequências quando o organismo é afetado
por bactérias ou vírus, como é o caso do zika. "Era um paciente mais
vulnerável ", afirmou um integrante da equipe de pesquisa. O segundo caso,
no entanto, acendeu o alerta vermelho. A menina apresentou como primeiros
sintomas dor de cabeça, náuseas e pontos vermelhos na pele e nas mucosas em
setembro. Ela morreu no fim de outubro.
O
ministério diz estar estudando as razões tanto do caso de epidemia de
microcefalia nos bebês quanto das mortes de pacientes brasileiros, ambos
provocados pelo zika. A microcefalia, embora seja um achado de grande impacto
para saúde pública, já era de certa forma esperado. Há duas semanas, conforme
antecipou o Estado,
a presença do zika já havia sido identificada em exames do líquido amniótico de
dois fetos da Paraíba com microcefalia.
Como
se trata de um assunto inédito na literatura, o ministério optou por continuar
investigando antes de fazer uma afirmação categórica. Diante do terceiro caso
de bebês nascidos com malformação para técnicos do ministério, qualquer dúvida
ainda existente foi descartada. O mesmo, no entanto, não pode ser afirmado
sobre as mortes provocadas pela infecção do vírus. O achado pegou de surpresa a
comunidade científica nacional.
Com a
constatação, outras pesquisas deverão ser realizadas para tentar decifrar a
atuação do zika no organismo, como ele ataca o sistema nervoso em formação dos
fetos, o período de maior vulnerabilidade para gestantes. A tese mais provável
avaliada pelos pesquisadores é que o maior risco para o feto ocorreria ainda no
primeiro trimestre da gestação, período em que o sistema neurológico do feto
está em formação. O governo notificou a Organização Mundial da Saúde sobre os
dois achados.
Na
próxima semana, técnicos do Centro de Controle de Doenças, dos Estados Unidos,
desembarcam no Brasil para participar das investigações, a convite do
Ministério da Saúde.
Ao
mesmo tempo em que procura respostas para dois problemas até então nunca vistos
associados ao zika, o governo deve reforçar as medidas para combate e controle
do Aedes
aegypti, mosquito transmissor tanto da dengue, quanto do
chikungunya e do zika. Levantamento feito pelo ministério mostra que 854
municípios, o equivalente a quase 50% da mostra- estava em situação de risco ou
de alerta para as doenças, em razão do alto número de chiadouros do mosquito. O
pesquisador da Fiocruz, Rivaldo Cunha, em entrevista ao Estado,
alertou que o Pais está diante da ameaça de uma "tríplice epidemia"
que, se não evitada, poderá resultar numa "tragédia sanitária".
BRASÍLIA
- O Ministério da Saúde confirmou oficialmente a relação entre a epidemia de
microcefalia identificada no Nordeste e a infecção pelo zika. O Instituto
Evandro Chagas, do Pará, identificou a presença do vírus, transmitido pelo Aedes
aegypti, em exames feitos em uma criança, do Ceará, que nasceu com
microcefalia e outras doenças congênitas. Além da ligação com microcefalia, o
ministério confirmou a segunda morte associada ao zika. Trata-se de uma menina
de 16 anos, da cidade de Benevides, no Pará. Ela morreu em outubro, com a
suspeita de dengue.
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