Cresce temor de desabastecimento de combustíveis, por conta de greve

A greve dos petroleiros, que já afeta 11 refinarias e 58 unidades marítimas de extração de petróleo, pode provocar desabastecimento de combustíveis no país. O temor cresceu nos últimos dias, diante da decisão dos caminhoneiros de bloquearem as estradas pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff. A ordem entre os empresários, no entanto, é de passar tranquilidade aos consumidores para evitar uma corrida aos postos.

A situação sobre os estoques vem sendo monitorada diariamente. Segundo a Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), desde a semana passada, todos os associados estão sendo obrigados a repassar informações a fim de se evitar surpresas desagradáveis. “As vendas seguem normais. Estamos avaliando o que acontecerá daqui para frente”, informou, por meio de nota.

A preocupação só não é maior porque parte do abastecimento é realizado por meio de oleoduto. Mas de nada significará esse sistema se o refino parar. Nas regiões ondem os combustíveis chegam por meio de estradas, a escassez é mais visível. Há cidades do interior do Paraná em que alguns postos já relatam falta de gasolina e diesel. Em Goiás, o risco maior de desabastecimento é de álcool.


“Em Brasília, por enquanto, os estoques estão tranquilos”, disse Lurdes Baia, gerente do Posto Jarjour, na Asa Norte. Ele reconheceu, porém, que os consumidores começam a demonstrar nervosismo diante da possível falta de combustíveis. “Estamos procurando tranquilizar a todos. Mas o assunto já ganhou as ruas”, acrescentou. Dono do estabelecimento, Abdala Jarjour disse que a falta de combustíveis só se tornaria realidade na capital do país se os caminhoneiros que fazem a distribuição aderissem às manifestações.

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