Dilma vai propor a líderes divisão da CPMF com estados e municípios

A presidente Dilma Rousseff tem uma reunião com deputados da base aliada na manhã desta terça-feira (15), um dia após o governo anunciar cortes extras de despesas no orçamento do ano que vem e a intenção de retomar a CPMF, conhecida como o imposto do cheque. A presidente precisa do apoio do Congresso para aprovar grande parte das medidas do pacote econômico, esperança do governo para reequilibrar as contas públicas.

Também nesta terça, no período da tarde, Dilma recebeu líderes da base no Senado Federal.

De acordo com lideranças governistas ouvidas pelo G1, o foco das reuniões desta terça será a proposta de ressuscitar a CPMF. O imposto que a presidente quer recriar responder por metade dos R$ 64,9 bilhões que o governo pretende arrecadar com o pacote de ajuste e aumento de receitas.

Dilma deverá propor aos parlamentares um aumento na alíquota que será cobrada da CPMF para que a receita seja repartida por estados e municípios. Na proposta do governo apresentada nesta segunda, a alíquota do imposto foi fixada em 0,2% sobre cada operação financeira. Os recursos iriam todos para a União e serviriam para pagar gastos com a Previdência Social.

A expectativa é de que a presidente proponha aos parlamentares um aumento desse percentual para até 0,38%. Neste caso, as receitas que excederem 0,2% poderiam ir para o caixa dos Executivos locais. A proposta já foi adiantada aos governadores em jantar na noite desta segunda (veja vídeo ao lado). Mesmo assim, lideranças da base aliada consideram “difícil” a aprovação da proposta no Congresso Nacional.
ound:white'>Segundo ele, o que a presidente Dilma Rousseff quer fazer é ajuste “na conta dos outros”, uma vez que, em sua opinião, 75% dos cortes dependem de outros entes, e não do governo federal.

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