O Advogado-Geral da União, Luis Inácio Adams,
apresentou nesta sexta-feira (11) a última parte da defesa da presidente Dilma
Rousseff sobre suspeitas de irregularidades nas contas públicas do ano passado
apontadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), justificando os problemas por
uma evolução “imprevisível” da economia no final de 2014.
Segundo ele, nem mesmo analistas apontaram o cenário
encontrado pelo governo no fim do ano e que, mesmo assim, Dilma seguiu o que a
Lei de Responsabilidade Fiscal determinava.
“A realidade econômica evoluiu de maneira imprevisível
para todos os analistas. Quem projetava um impacto de redução de commodities,
aumento do dólar, de mudança do quadro econômico do jeito que aconteceu no
final de 2014? Essa realidade é que gerou a necessidade de mudança de meta que
foi acatada pelo Congresso e em 31 de dezembro o governo atendeu à lei”, disse
o advogado-geral.
O processo de contas aponta o oposto. De acordo com
o relatório técnico, o governo vinha ao longo dos anos ignorando as previsões
dos analistas, que são consultados oficialmente pelo Banco Central, e aumentado
gastos.
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