O setor automotivo viveu o pior primeiro semestre em oito anos, segundo especialistas. Foi vendido de janeiro a junho, 1,32 milhão de veículos - carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus -, com queda de 20,7% em relação ao mesmo período de 2014. A diferença em relação aos negócios do ano passado já chega a 344 mil unidades. O resultado foi impulsionado pelo mau desempenho de junho, quando foram emplacados 19,4% menos veículos do que no mesmo mês do ano passado: 212,5 mil unidades.
Excluindo da conta ônibus e caminhões, as concessionárias venderam menos de 10 mil carros por dia, confirmando o menor giro deste ano. Só no segmento de carros de passeio e utilitários leves, as vendas, na comparação anual, recuaram 18,4% no mês passado, somando 204,9 mil unidades.
Os números são os mais fracos desde 2007 e, apesar de a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) já ter revisto duas vezes as projeções para 2015, apostando em queda de 20,6% nas vendas, há analistas que acreditam em um desempenho ainda pior, com recuo de vendas de 25% este ano.
No mercado de veículos comerciais pesados, as quedas são ainda mais expressivas: só no mês passado, os emplacamentos de caminhões ficaram 41,2% menores do que em junho do ano passado, com 6,2 mil unidades. Foi o pior junho do segmento em nove anos.
Entre os fatores apontados por eles para a derrocada do setor, estão a insegurança do consumidor, o temor do desemprego, as restrições ao crédito e o alto endividamento das famílias. O Brasil caiu de quarto maior mercado global, em 2014, para a sétima posição dos países que mais vendem automóveis.
Fonte: DP
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