Maioria dos prefeitos de Pernambuco não tem curso de graduação

Mais da metade dos prefeitos das cidades pernambucanas exercem seus mandatos sem curso superior completo. Dos 185  municípios do estado, 95 são administrados por prefeitos que não possuem mais que o ensino médio completo ou continuam cursando a universidade, mas ainda não concluíram os estudos, o que corresponde a 51,35% dos chefes dos executivos. O levantamento realizado foi da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic 2013), publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados apresentados indicam que dos 90 prefeitos restantes, 65 alcançaram o  ensino médio (completo ou não), o  correspondente a 35,13%. Se comparado aos números nacionais, que mostram dentro da mesma amostragem 30% de gestores  com ensino médio, o percentual local encontra-se dentro da média. “O aumento da escolaridade de prefeitos parece acompanhar uma tendência nacional da população como um todo. Portanto, não seria, a princípio, um fenômeno restrito a ocupantes de cargos executivos municipais”, disse o cientista político Juliano Domingues.
Pernambuco apresenta três (1,62%) prefeitos que nem chegaram a completar o ensino fundamental. Em todo o país houve uma retração de 28% para 10% dentro desses dados. Segundo o Munic, houve uma maior qualificação dos candidatos. Seja pela maior exigência dos eleitores ou por  iniciativa de cada prefeito, o fato é que existiu uma maior escolarização geral para quem exerce o cargo no Brasil.
Em Pernambuco, 5,94% (11) dos prefeitos não têm ensino fundamental. Porém, Os prefeitos com curso superior completo correspondem a 37,29% (69) e aqueles que investiram em pós-graduação chegam a 11,35% (21). Segundo a pesquisa, entre 2001 e 2013, o número de prefeitos que possui o ensino superior completo ou incompleto ou mesmo é pós-graduado cresceu 50%. Dos 5.570 dos gestores municipais do país, 2.158 possuem ensino superior completo. “Sob o ponto de vista do eleitor, seria possível afirmar, enfim, que o melhor candidato não é, a princípio, aquele com maior grau de escolaridade, mas aquele que, pelo menos aparentemente, possui mais condições de atender às necessidades do seu eleitorado. Nesse contexto, ter ou não curso superior não seria uma variável relevante no processo de escolha”, afirmou Domingues. 

Fonte - Jairo Lima, especial para o Diario de PE

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