Polícia rebate críticas de associação sobre demora na apuração da morte de promotor

A Polícia Civil rebateu as críticas da Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE) em que reclama da demora para a conclusão do inquérito que apura a morte do promotor Thiago Faria Soares. Em nota, a polícia disse lamentar a postura da entidade. “É lamentável a postura dessa Associação que cobra, sem conhecimento de causa, agilidade numa investigação que requer paciência para evitar erros ou desmando em nome de falsa justiça”, consta em um dos trechos do texto.

No comunicado, a corporação diz que as investigações estão em curso e que trata o caso como prioridade. Segundo a Polícia Civil, dois delegados com experiência na área de homicídios foram deslocados para acompanhar o assunto. O texto completa informando que todas as diligências estão sendo acompanhadas por promotores designados pelo Procurador Geral de Justiça Agnaldo Fenelon, fato que, de acordo com a corporação, pode atestar os motivos da “demora” apontada pela AMPPE.
A polícia alega ainda que a demora pode ser justificada pela complexidade da investigação. “O rito da mesma (Investigação) tem sido trabalhado par e passo com os membros desse parquet”, relata a Civil, explicando que as apurações são conduzidas no mesmo ritmo da equipe de trabalho. O texto destaca também a presença de membros do Ministério Público de outros Estados no caso.
A nota em que gerou o atrito da Associação do Ministério Público de Pernambuco com a Polícia Civil foi enviada na última nesta sexta-feira (14). Os magistrados criticaram a demora para a conclusão das investigações do assassinato do promotor, ocorrido na rodovia PE-300, no Agreste de Pernambuco, dia 14 de outubro. A entidade, que congrega os promotores e procuradores de Justiça do Estado, questiona o fato de que o fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como responsável por encomendar crime, continua foragido e segue divulgando declarações a respeito da morte, via imprensa, sem que os investigadores tenham chegado até o suspeito.
Na ocasião, o presidente da AMPPE, Vladimir Acioli, chegou a falar que existe capacidade técnica para capturar Zé Maria, mas disse que falta vontade política para a resolução do crime. "O que nós esperamos é que o caso seja prioridade. Exigimos a apuração integral. Quem mandou matar, quem matou, quem executou e quem colaborou de alguma forma com a execução do crime", ressaltou. 
Fonte - Geison Macedo

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