As semifinais da Copa das Confederações por muito pouco não se transformaram em um modelo retrô do Mundial de 1950. Há 63 anos, o quadrangular final do único torneio de seleções organizado pela Fifa no Brasil teve como candidatos ao título os donos da casa e mais Uruguai, Espanha e Suécia. Do quarteto, apenas a Suécia desafinou e não veio ao país do futebol para o evento teste de 2014. Eliminada na fase de grupos naquela edição, a Itália não repetiu o vexame e ocupará o “lugar” da Suécia.
Nunca antes na história da Copa das Confederações as semifinais contaram com 100% de campeões mundiais. No máximo foram três, em 2005, na Alemanha. Além dos germânicos, brasileiros e argentinos abrilhantaram a festa. O único intruso à época foi o México.
Como uma das semifinais é sul-americana, entre Brasil e Uruguai, e a outra europeia, reunindo Espanha e Itália, a Copa das Confederações, enfim, voltará a ter uma final entre seleções dos dois principais continentes do planeta bola. A única vez tinha sido em 1995, na Arábia Saudita, quando o torneio ainda era chamado de Copa Rei Fahd. Na decisão, a Dinamarca – campeã da Copa América – derrotou a Argentina, vencedora da Copa América, por 2 a 0.
Dos quatro candidatos ao título, apenas o Brasil tem título da Copa das Confederações no currículo. Uruguai, Itália e Espanha chegaram no máximo às semifinais. Campeã em 1999, 2005 e 2009, a Seleção pode ser a primeira na história de todos os torneios da Fifa a conquistar três edições consecutivas de um mesmo torneio. Para isso, terá de driblar a histórica falta de sorte dos donos da casa.
Anfitrião
Das nove edições da Copa das Confederações, apenas duas foram conquistadas pelo anfitrião. Em 1999, o México fez valer o mando de campo e derrotou o Brasil na final por 4 a 3. Na versão de 2003, a França fez a festa no quintal de casa desbancando Camarões na decisão. Arábia Saudita (1992) e Japão (2001) até chegaram à decisão, mas não conquistaram o troféu.
Os tabus desafiam a nova família Scolari, mas também ameaça a Espanha. Atual campeã do mundo, a Fúria tentará repetir os feitos do próprio Brasil e da França – únicos vencedores da Copa das Confederações como detentores do título da Copa do Mundo. A Seleção conseguiu o feito em 1997, três anos depois de ser tetra nos EUA, e os Bleus deram a volta olímpica em 2001, três anos depois de faturar a Copa do Mundo em casa, em 1998.
A fase de grupos em números
5
Número de gols do espanhol Fernando Torres, artilheiro isolado
15
Número de gols marcados pela Espanha, dona do melhor ataque
14
Número de chutes do atacante italiano Balotelli, quem mais chutou a gol
1
Número de gols sofridos pela Espanha, dona da melhor defesa
10 x 0
Maior goleada da Copa das Confederações, da Espanha em cima do Taiti
7
Número de cartões amarelos do Uruguai, o mais indisciplinado
67
Número de faltas do Brasil, o mais violento
30
Número de faltas cometidas pela Espanha, a menos violenta.
Fonte: Diario de Pernambuco.
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