Assembleia foi realizada no meio da rua, no Espinheiro
Foto: Clemilson Campos/JC
Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus entram em greve a partir de 6h desta segunda-feira (1º), por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após reunião entre representantes da categoria e o sindicato patronal, na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), no Espinheiro, Zona Norte do Recife.
A categoria pede reajuste de 33% e o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado (Urbana) oferece 3%. Cerca de 100 rodoviários que acompanharam a negociação fecharam a Rua 48. A manifestação durou cerca de cinco horas, das 16h às 21h.
Ao sair da reunião, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Patrício Magalhães, comunicou o resultado da reunião usando um carro de som e deixou o local escoltado por seguranças, sem falar com a imprensa.
“A greve tem que acontecer, mas ainda precisamos discutir como ela será feita”, disse Aldo Lima, da Oposição Rodoviária, movimento ligado à Central Sindical e Popular (Conlutas). “Estamos prontos para conversar, mas há um limite financeiro que podemos atender”, disse o presidente do Urbana, Fernando Bandeira.
Na reunião, o procurador regional do trabalho, Aluísio Aldo, determinou a manutenção de 30% da frota. Também ficou acordado em ata que os patrões não poderão contratar motoristas terceirizados e nem demitir funcionários.
Segundo o procurador, das 108 cláusulas da pauta de reivindicações, apenas sete não foram cumpridas. Elas dizem respeito a reajustes de horas extras, pagamento de cesta básica no retorno das férias, piso salarial diferenciado para motoristas de ônibus articulados e para as demais categorias.
Segundo ele, os rodoviários alegaram que nos demais Estados do Nordeste o reajuste médio para a categoria foi de 9%. Por outro lado, os patrões informaram que os salários dos rodoviários pernambucanos estão entre os maiores da região.
Uma nova rodada de negociação será realizada esta sexta (28), às 14h, com mediação informal do MPT. “Pelo prazo legal, não poderíamos prolongar a negociação, pois os trabalhadores perderiam o direito de fazer greve. Caso se chegue a um acordo, basta fazer um texto adicional e suspender o movimento”, explicou o procurador.
Fonte - JC Online
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