Depois de
rejeitar o relatório do deputado Odair Cunha, a CPI mista do Cachoeira
aprovou o voto em separado do deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF), com 21
votos a favor e sete contra.
O texto de Pitiman, que ocupa duas páginas, não propõe a responsabilização de ninguém, e apenas determina o compartilhamento de todo o material em posse da CPI com o Ministério Público e com a Polícia Federal. No início da reunião, já havia sido aprovado um requerimento com comando semelhante.
O relatório final da CPI, que investiga as relações de políticos e empresários com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi rejeitado nesta terça com 18 votos contrários e 16 a favor. Com isso, depois de oito meses de trabalho, a CPMI termina sem um relatório formal para ser encaminhado ao Ministério Público Federal. Oficialmente, o prazo de funcionamento da comissão termina no próximo dia 22.
O único resultado concreto, depois de oito meses de investigação, foi a aprovação do voto de Pitiman. O documento está sendo considerado a conclusão da comissão.
Antes de ter o texto derrubado, o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), destacou os pontos que foram retirados do texto por sugestão de vários parlamentares. Cunha recuou, por exemplo, nas sugestões de indiciamento de cinco jornalistas e no pedido de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Todas as referências ao procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, também foram retiradas da versão final, mas nem as alterações foram suficientes para convencer a maioria da CPMI.
“Não há como não registrar a frustração com o término da CPMI. Vamos votar contra, não pelo que nele [no relatório] consta, mas pelo que não consta. O que consta já está encaminhado ao Ministério Público Federal. O que consta é a compilação do trabalho final da Polícia Federal. Em linguagem popular, eu poderia dizer que estamos chovendo no molhado, adotando providencias que já foram adotadas. Em relação ao que é essencial, não avançamos, a CPMI termina onde deveria começar”, criticou o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), ao votar contra o relatório de Cunha.
Nem mesmo o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um dos escalados para defender a aprovação do relatório, poupou críticas. “Todos sabem a posição que tenho sustentado desde início da CPMI, de critica de contundência, muitas vezes contra o relator. A CPMI perdeu a oportunidades quando suspendeu os trabalho em setembro deste ano, quando não quebrou o sigilo das 21 empresas identificadas como as que receberam recursos da empreiteira Delta”.
Apesar das declarações, Randolfe disse, antes da votação, que o pior ainda seria a comissão ficar sem relatório. “Pode não ser o relatório perfeito, mas vai ser luz de lamparina na noite da impunidade histórica do país”, disse.
*Com informações da Agência Brasil e Agência Senado
O texto de Pitiman, que ocupa duas páginas, não propõe a responsabilização de ninguém, e apenas determina o compartilhamento de todo o material em posse da CPI com o Ministério Público e com a Polícia Federal. No início da reunião, já havia sido aprovado um requerimento com comando semelhante.
O relatório final da CPI, que investiga as relações de políticos e empresários com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi rejeitado nesta terça com 18 votos contrários e 16 a favor. Com isso, depois de oito meses de trabalho, a CPMI termina sem um relatório formal para ser encaminhado ao Ministério Público Federal. Oficialmente, o prazo de funcionamento da comissão termina no próximo dia 22.
O único resultado concreto, depois de oito meses de investigação, foi a aprovação do voto de Pitiman. O documento está sendo considerado a conclusão da comissão.
Antes de ter o texto derrubado, o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), destacou os pontos que foram retirados do texto por sugestão de vários parlamentares. Cunha recuou, por exemplo, nas sugestões de indiciamento de cinco jornalistas e no pedido de investigação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Todas as referências ao procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, também foram retiradas da versão final, mas nem as alterações foram suficientes para convencer a maioria da CPMI.
“Não há como não registrar a frustração com o término da CPMI. Vamos votar contra, não pelo que nele [no relatório] consta, mas pelo que não consta. O que consta já está encaminhado ao Ministério Público Federal. O que consta é a compilação do trabalho final da Polícia Federal. Em linguagem popular, eu poderia dizer que estamos chovendo no molhado, adotando providencias que já foram adotadas. Em relação ao que é essencial, não avançamos, a CPMI termina onde deveria começar”, criticou o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), ao votar contra o relatório de Cunha.
Nem mesmo o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), um dos escalados para defender a aprovação do relatório, poupou críticas. “Todos sabem a posição que tenho sustentado desde início da CPMI, de critica de contundência, muitas vezes contra o relator. A CPMI perdeu a oportunidades quando suspendeu os trabalho em setembro deste ano, quando não quebrou o sigilo das 21 empresas identificadas como as que receberam recursos da empreiteira Delta”.
Apesar das declarações, Randolfe disse, antes da votação, que o pior ainda seria a comissão ficar sem relatório. “Pode não ser o relatório perfeito, mas vai ser luz de lamparina na noite da impunidade histórica do país”, disse.
*Com informações da Agência Brasil e Agência Senado
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