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| Marcos Valério acusa Humberto Costa de se beneficiar pelo "valerioduto". Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press/Arquivo |
O escândalo do mensalão parece não ter fim. Depois de ter sido acusado e, posteriormente absolvido por um escândalo no governo do ex-presidente Lula - a máfia dos vampiros - o senador de Pernambuco Humberto Costa (PT) surge como um dos nomes beneficiados pelo chamado valerioduto. A acusação é do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, ou simplesmente Marcos Valério, que é acusado na Ação 470 (mensalão) de alimentar o esquema de compra de votos dos parlamentares no Congresso com recursos de empresas privadas. O caso está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
A informação é do jornal O Estado de S. Paulo desta terça-feira (11). O empresário disse, em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República que o esquema de corrupção ajudou, também, a bancar despesas pessoais do ex-presidente Lula. O antigo aliado do PT afirmou ainda que Lula também deu um “ok” numa reunião no Palácio do Planalto, para os empréstimos bancários que viriam a irrigar os pagamentos de deputados da base aliada. Até agora, dos petistas, só José Dirceu, José Genoino, João Paulo Cunha e Delúbio Soares eram citados como envolvidos.
Valério também afirmou que o ex-presidente Lula atuou pessoalmente no esquema para obter dinheiro da Portugal Telecom para o PT. Disse que seus advogados dele (Valério) são pagos pelo partido e que teria recebido uma suposta ameaça de morte de Paulo Okamotto, ex-integrante do governo e que hoje dirige o Instituto Lula. Valério também denunciou um fato já especulado pela mídia: uma suposta blindagem de petistas (num acordo) contra denúncias de corrupção em Santo André na gestão Celso Daniel - assassinado posteriormente.
O depoimento com novas acusações foi revelado pela imprensa ainda no começo de novembro. A reportagem de um jornal O Estado de São Paulo teve acesso à íntegra do depoimento, assinado pelo advogado do empresário, o criminalista Marcelo Leonardo, pela subprocuradora da República Cláudia Sampaio e pela procuradora da República Raquel Branquinho.
Fonte - Tércio Amaral
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