Brasileiros que vivem na Faixa de Gaza pedem ajuda para deixar região.

Um grupo de 20 brasileiros, que têm também nacionalidade palestina, pediu ajuda ao Escritório do Brasil em Ramalá, na Cisjordânia, para deixar momentaneamente a Faixa de Gaza por temer o agravamento dos conflitos. Os palestinos-brasileiros, que têm binacionalidade, deverão deixar por terra a região em direção ao Egito, considerado o único caminho possível.

Nas áreas próximas à Faixa de Gaza vivem cerca de mil brasileiros. Porém, nas regiões de Israel e da Palestina há aproximadamente dez mil brasileiros. O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou à Agência Brasil que recebeu apenas 20 pedidos de ajuda encaminhados pelos binacionais palestinos. 

O Itamaraty acrescentou que o processo de formalização para a “evacuação provisória” está em curso, e o objetivo é acelerar a retirada dos brasileiros. Mas não há um prazo porque a saída do grupo está associada a uma série de fatores externos, como medidas de segurança e autorizações.

Os conflitos na região de Gaza completam, nesta terça-feira (20), sete dias. Por enquanto, os ataques ocorrem por via aérea. Mas há informações de que o Exército de Israel está preparado para uma eventual ofensiva terrestre. A iniciativa foi suspensa hoje porque o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e chanceleres de países árabes negociam o cessar-fogo.

Os embaixadores de Israel, Rafael Eldad, e o da Palestina, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, no Brasil, disseram que estão confiantes nas negociações por um cessar-fogo, mediadas pela comunidade internacional. Em entrevista à Agência Brasil, Eldad chamou a ofensiva israelense de “defensiva”, enquanto Alzeben disse que Israel “viola o direito internacional”.

Pelos dados de palestinos e israelenses, mais de cem pessoas morreram nos últimos dias, desde o começo dos confrontos. A maioria das vítimas é formada por civis, inclusive, crianças. Os palestinos dizem que sem infraestrutura estão com dificuldades para tratar dos feridos, pois faltam medicamentos e material hospital.

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