Desde o início da greve até agora, o número de agências bancárias fechadas no País cresceu cerca de 66%. No final do primeiro dia, terça-feira (18), 5.132 agências ficaram paralisadas, de um total de 21.714. Nesta quinta-feira, terceiro dia de greve, 8.527 unidades estavam com as portas fechadas, aproximadamente 40% do total. Na quarta-feira, 33% das agências já estavam paralisadas. As informações foram coletadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com dados enviados até as 17h45 de hoje pelos 137 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários.
No terceiro dia de greve do ano passado, 7.672 agências fecharam as portas. Embora o número seja menor do que o deste ano, o crescimento do movimento foi superior no ano passado, na mesma base de comparação. Do primeiro dia de greve de 2011 (4.191 agências fechadas) para terceiro dia (7.672), o volume de agências fechadas cresceu 83% em 2011.
De acordo com presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, a variação é natural e pode ter como causa o aumento do número de agências no País. "Essas variações são normais. No ano passado, tínhamos só cerca de 19 mil agências. Agora, já estamos na casa dos 21 mil. A greve vai se consolidando e demora um pouco até atingir todos os locais", afirmou. "Aliás, estamos vendo que a greve está ainda mais forte do que a do ano passado", completou. Em 2011, a categoria ficou 21 dias parada.
Nesta sexta-feira, o Comando Nacional dos Bancários se reúne às 14h para discutir os rumos da mobilização. "Nós mandamos uma carta à Fenaban dizendo que o Comando vai estar reunido amanhã em São Paulo, pois eles podem aproveitar essa data para fazer alguma proposta, caso queiram", disse Cordeiro. Nesta manhã, a categoria esteve presente em ato conjunto de cinco categorias que têm campanhas salariais marcadas neste segundo semestre, na Avenida Paulista, em São Paulo.
A última proposta apresentada pelos banqueiros foi de reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. A proposta passa longe da reivindicação dos trabalhadores que pedem 10,25%, sendo 5% de aumento real. Antes de iniciar a greve, os bancários realizaram duas assembleias gerais, no dia 12 e no dia 17 deste mês.
Segundo informou Cordeiro, a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não procurou os trabalhadores para nova negociação. A greve continua à espera de uma nova proposta dos banqueiros. Procurada, a Fenaban não quis comentar o movimento grevista.
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