Tradicional bairro de Tóquio se rende ao carnaval brasileiro



TÓQUIO - Carros alegóricos, passistas, fantasias, percussão e muito calor marcaram o ritmo neste sábado (25) no bairro de Asakusa, em Tóquio. A cidade deixou a tranquilidade de seus templos de lado para receber um pouco do carnaval brasileiro.
Cerca de 500 mil japoneses não quiseram perder, apesar das altas temperaturas, a 31ª edição do "Festival de Samba de Asakusa", e abarrotaram as ruas do bairro.
Pelas vias adjacentes ao grande templo de Sensoji, o mais antigo da capital e coração do bairro, uma maré de dançarinas vestidas com plumas subiu ainda mais a temperatura, esbanjando uma sensualidade incomum para o local e que atraiu vários curiosos.
O desfile contou com a participação de 26 escolas de samba, quase todas estabelecidas no Japão, nas quais participaram mais de 4 mil dançarinos e músicos, segundo detalhou à Agência EFE um membro da organização.
Espetáculos musicais e fantasias evocavam temas tão díspares como a indústria do cinema, o meio ambiente, o céu e o inferno, embora também não tenha faltado a fusão das culturas japonesa e brasileira."É maravilhoso ver como se movimentam, adoro a música brasileira", afirmou Kentaro, um jovem japonês fantasiado com uma toalha úmida na cabeça para amenizar o calor.
As coreografias, estudadas à perfeição, tentaram imitar dignamente os desfiles no Rio de Janeiro, enquanto a bordo dos carros alegóricos alguns japoneses, amantes do karaokê, se encorajavam a cantar as tradicionais marchinhas de carnaval.
Realizado tradicionalmente no último sábado de agosto, o festival nasceu em 1981 quando o prefeito de um dos 23 distritos que compõem a capital japonesa convidou uma escola de samba do Rio a fazer uma demonstração em Tóquio.
Esta grande celebração, transformada já em uma data habitual do calendário cultural japonês, serve de ponto de encontro para a numerosa comunidade brasileira no Japão, e de homenagem a um País que acolhe sua maior colônia no exterior com mais de 1,8 milhões de japoneses e descendentes até de segunda geração.

Fonte - folha de Pernambuco

Comentários