O humorista e radialista Mução, Rodrigo
Vieira Emerenciano, foi preso acusado de divulgação de pornografia
infantil na internet na manhã desta quinta-feira (28), no bairro de
Meireles, em Fortaleza, no Ceará, onde mora atualmente. A prisão foi
desencadeada pela Operação Dirty-Net, da Polícia Federal, que é de
caráter nacional.
A Polícia Federal apreendeu em Fortaleza
tablets, HDs e notebooks para maiores investigações. Se a PF encontrar
indícios nesses materiais, o apresentador permanecerá preso em
Fortaleza. Caso contrário, ele será encaminhado ao Recife, onde
começaram as investigações. Se for trazido para a capital pernambucana,
Mução permanecerá preso, já que a PF tem provas suficientes adquiridas
na internet para acusá-lo. A previsão da PF é que a conclusão seja
divulgada ainda nesta quinta-feira.
A prisão temporária de Mução é de cinco
dias, podendo ser prorrogada. Segundo a PF, no entanto, devido às provas
já obtidas em e-mails e no cruzamento de informações durante as
investigações, iniciadas em dezembro, pode mudar para preventiva.
Twitter do humorista foi atualizado nesta quinta pela manhã
A produção do programa “A Hora do
Mução”, apresentado pelo humorista, negou a informação nesta manhã,
afirmando que o programa será transmitido normalmente de Fortaleza nesta
quinta-feira, a partir das 17h. A página de Mução no Twitter,
@mucaoaovivo, chegou a ser atualizada na manhã desta quinta-feira (28),
com as frases “Bom dia pra você que acordou com um gosto de maçaneta de
banheiro químico na boca”, “Bom dia pra você que está passando limão no
sovaco de uma Miss” e “Bom dia pra você que está mais atrasado que morte
do Niemeyer”.
Rodrigo Vieira Emerenciano é filho da
ex-secretária da Receita Federal Lina Maria Vieira, que ocupou o cargo
por cerca de 11 meses, sendo demitida pelo desgaste da sua imagem na
disputa do órgão com a Petrobras envolvendo o recolhimento de impostos
na estatal.
O número de presos na Operação Dirty-Net
já chega a 10 em 11 estados e no Distrito Federal. As investigações
começaram em 2011, pela Polícia Federal do Rio Grande do Sul. São
cumpridos 50 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão.
Segundo a PF, integrantes do grupo trocavam arquivos contendo cenas
degradantes de adolescentes, crianças e até bebês em contexto de abuso
sexual.
Fonte - NE10
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