Resgate do Costa Concordia será a maior operação do gênero.

Equipes de resgate usarão guindastes gigantes e tanques de ar para trazer à tona o semissubmerso navio de passageiros Costa Concordia, encalhado junto a uma ilha italiana, naquela que será a maior operação do gênero já realizada, segundo um plano divulgado na sexta-feira.
Estimada em pelo menos 300 milhões de dólares, a operação deve começar dentro de alguns dias e durar cerca de um ano, segundo a empresa operadora do navio, a Costa Cruzeiros, subsidiária da Carnival Corp. & Plc.
O navio de 290 metros tombou em 13 de janeiro após bater em rochedos da ilha de Giglio, na costa toscana. O acidente deixou 30 mortos e 2 desaparecidos. O capitão Francesco Schettino foi acusado de ter provocado o naufrágio ao levar o transatlântico para perto demais da ilha, a fim de saudar a população. Ele foi indiciado por homicídio e por abandonar o barco antes do resgate de todos os 4.200 passageiros e tripulantes.
Representantes da empresa norte-americana Titan Salvage e da italiana Micoperi, escolhidas para realizar a remoção, disseram em entrevista coletiva que estão confiantes no sucesso dos planos, embora eles nunca tenham sido testados numa embarcação desse tamanho.
"Essa será a maior reflotação da história, mas achamos que é inteiramente possível", disse Richard Habib, presidente da Titan Salvage, empresa pertencente ao grupo Crowley Maritime Corp.
O diretor da Agência de Proteção Civil da Itália, Franco Gabrielli, disse que o barco será estabilizado até o final de agosto para evitar que ele escorregue por uma escarpa submarina e caia nas águas profundas de uma reserva marinha dos arredores.
Dois guindastes presos a uma plataforma subterrânea instalada ao lado do navio de 114,5 mil toneladas irão endireitar o Concordia, e grandes tanques cheios de água serão instalados na parte emersa.
Quando o barco estiver "de pé", tanques serão instalados também no outro lado do casco, e então todos os tanques serão esvaziados e enchidos de ar para trazer o navio à superfície.
Silvio Bartolotti, diretor da Micoperi, disse que o navio deve estar de volta à superfície até fevereiro de 2013. Ele será então rebocado até um porto italiano e desmanchado. O porto de Livorno foi escolhido porque a geração de empregos será uma forma de indenizar a região da Toscana, segundo o presidente regional, Enrico Rossi.
Cerca de 2.300 toneladas de combustível foram retiradas em março, evitando um desastre ambiental.
Gianni Onorato, presidente da Costa Cruzeiros, disse que a proteção ambiental durante a operação e as garantias ao turismo local serão prioridades. Depois que o barco for retirado, os detritos serão limpos do leito marinho, e haverá um trabalho de restauração da flora submarina.

Fonte - Catherine Hornby

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