Timbu voltou a jogar mal e acabou batido pelo time sertanejo.
Jessuí (9) marca o segundo gol do Serra Talhada
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
O Náutico voltou a marcar um gol depois de quatro jogos mas não adiantou nada. O Serra Talhada marcou dois, venceu o jogo (2x1) e garantiu sua permanência na Série A1 do Campeonato Pernambucano Coca-Cola. Ao timbu coube a terceira derrota consecutiva e o sexto jogo sem vencer. Mesmo assim, a vaga nas semifinais pode ser confirmada neste domingo se o Petrolina não vencer o Ypiranga. O técnico Waldemar Lemos não resistiu aos maus resultados e acabou demitido momentos após o jogo. O assistente alvirrubro, Levi Gomes, deve comandar o Timbu na próxima quinta-feira, diante do Fortaleza, em Fortaleza, pela Copa do Brasil.
Waldemar participou normalmente da entrevista coletiva. Momentos após a cena, veio a notícia da demissão. O ex-treinador alvirrubro se despediu de alguns jogadores que permaneciam nos vestiários e saiu em seu carro sem falar com os jornalistas.
O JOGO
Completamente desmantelado ofensivamente e pior ainda defensivamente, o Náutico desceu para o intervalo com o prejuízo de 2x0. O Serra Talhada soube aproveitar bem os erros alvirrubros e poderia até ter encerrado os primeiros 45 minutos com uma vantagem maior.
O Náutico até que esboçou uma boa impressão nos cinco primeiros minutos. Pôs mais gente no campo de ataque, dificultou o toque de bola do Serra Talhada e finalizou com perigo. A última tentativa foi de Léo Santos, aos quatro minutos. Ele dominou no peito ao mesmo tempo em que livrou-se do marcador. Ajeitou a bola e chutou mal, à direita de Carlos.
O esquema adotado por Waldemar Lemos, aos poucos, mostrou-se inoperante tanto ofensiva quanto defensivamente. Marquinho e Lenon ficavam muito distantes de Eduardo Ramos e Elicarlos. Este último, jogando mais pelo lado esquerdo, não tinha o apoio de Léo Araújo.
Essa distância entre os jogadores de meio de campo facilitou a vida do Serra Talhada, já que o adversário passou a errar muitos passes. Numa investida ao ataque, o time visitante ganhou escanteio aos nove minutos. No rebote da cobrança, Kássio mandou no segundo pau. Jessuí ajeitou para o meio, onde estava Stanley completamente sozinho e sem cerimônia para cabecear para gol vazio.
O gol tomado só fez aflorar ainda mais os defeitos do Náutico. E o Serra Talhada teve outras três boas chances de ampliar. Aos 18, Enercino bateu falta na área e Gideão salvou a pátria. Na sequência, a defesa sofreu para impedir o gol após um bate-rebate quase sem fim. Com a bola rolando, os sertanejos também levaram perigo num giro de Júnior Mineiro aos 23. O sinal de vida do timbu só veio três minutos numa jogada de ultrapassagem feita por Auremir. Ele rolou para trás mas Léo Santos chutou torto, por cima.
O que mais faltou foi opção de jogo para o homem da bola. Fosse Eduardo Ramos, Elicarlos ou Auremir, não havia coordenação nos deslocamentos para armar as jogadas. Como resultado, os homens da armação limitavam-se a rivar a bola. Os atacantes que se virassem. O Serra tinha espaço e atacava com consciência. Dessa forma conseguiu uma sequência de três escanteios. No último deles, Kássio mandou para a área e Gideão cortou mal. A bola bateu na trave e Jessuí apareceu para entrar com bola e tudo.
No final da etapa, Auremir trombou de cabeça com Ranieri e teve que deixar o campo com um corte na testa. Esperava-se que, com isso, Waldemar fizesse o simples: entrar com um volante e deslocar Marquinho do meio para seu lugar de origem: a lateral. Mas o escolhido para ser lateral-direito foi o volante Lenon. Tozo foi o substituto.
Na volta para o segundo tempo, os donos da casa voltaram com o meia-atacante Philip no lugar de Léo Araújo. Saía um zagueiro, que mal ultrapassou a linha divisória do gramado para entrar um jogador de velocidade. O lado direito também mudou. Marquinho passou a revezar com Lenon entre o meio e a lateral.
A nova postura adiantou a marcação do Náutico. Ao menos um problema foi solucionado: fechado em seu campo defensivo, o Serra Talhada não levou perigo. Mas a organização das jogadas ofensivas ainda era problema como atestaram diversos erros de passe. O jogo ficou muito preso ao meio e repleto de erros, pois o Serra Talhada encaixava um contra-ataque. O primeiro lance de perigo dos sertanejos no segundo tempo só aconteceu aos 22 minutos. Kássio bateu falta na área e a bola explodiu no travessão.
A essa altura, meio da segunda etapa, o domínio territorial do Náutico mostrava-se completamente impotente. Não houve uma só oportunidade de alguém finalizar. Somente no primeiro vacilo da defesa sertaneja houve possibilidade de gol. Marquinhos entrou na área e foi derrubado por Stanley. Pênalti claro, tanto que ninguém reclamou. Marlon foi para a cobrança e mandou no canto direito de Carlos: 1x2.
O Náutico diminuiu o prejuízo mas não aumentou o ritmo de seu jogo. Elicarlos parou de ir ao ataque e Philip não armou pelo lado esquerdo. Para completar, Adelmo Soares trocou um atacante (Júnior Mineiro) por um zagueiro (Josias). Ficou do jeito que o time visitante queria, ou seja, praticamente não houve mais futebol: muita bola de lado até o apito final.
Ficha do jogo:
Náutico: Gideão; Auremir (Tozo), Ronaldo Alves, Marlon e Léo Araújo; Lenon, Elicarlos, Eduardo Ramos e Marquinho; Siloé e Léo Santos (Doriélton). Técnico: Waldemar Lemos.
Serra Talhada: Carlos; Stanley, Ranieri e Josias; Joãozinho (Rogério), Enercino, Júnior Negão, Kássio e Janeílton; Jessuí e Júnior Mineiro (Josias Recife). Técnico: Bagé.
Local: Estádio dos Aflitos. Árbitro: Sandro Ricci. Assisitentes: Albert Júnior e Pedro Wanderley. Gols: Stanley, aos nove; Jessuí, aos 36 do primeiro tempo. Marlon, aos 28 do segundo. Cartões amarelos: Tozo, Eduardo Ramos, Enercino e Ranieri. Público: 6.005. Renda: R$ 37.936.
Fonte - jconline.ne10.uol.com.br
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