Ossos foram achados em uma casa em Rio Doce, Olinda
Foto: Igo Bione/JC Imagem.
A polícia reviu a informação inicial de
que Jorge Beltrão, a esposa Isabel Cristina Pires, e a amante Bruna de
Oliveira, tenham assassinado oito pessoas. Os vários interrogatórios,
acareações e diligências pelas quais os suspeitos passaram trouxeram
evidências de três vítimas: Jéssica Camila, em Olinda, no ano de 2008, e
Giselly Helena da Silva e Alexandra Falcão, este ano em Garanhuns, no
Agreste do Estado.
De acordo com o diretor-geral de
Operações da Polícia Civil, Osvaldo Morais, os suspeitos contam detalhes
dos homicídios em Olinda e em Garanhuns e foram encontradas evidências
materiais dos três casos (corpos em Garanhuns e partes de uma ossada em
Olinda). Além disso, as informações dos acusados são coerentes e se
complementam, segundo o diretor-geral de Operações da Polícia Civil.
"A investigação tem um conjunto de indícios que demonstram materialidade e autoria de três crimes. Sem contar que essas mortes foram descritas no livro registrado em cartório e escrito por Jorge. As informações iniciais sobre outros homicídios acabaram não se concretizando", frisou Osvaldo Morais.
A assessoria de comunicação da Secretaria de Defesa Social informou que o Instituto de Medicina Legal concluiu a análise dos ossos encontrados na casa de Rio Doce, em Olinda, onde moraram os acusados em 2008. Apenas dois pequenos fragmentos eram de animais. A maior parte dos ossos era de seres humanos. O material foi encaminhado ao Instituto de Criminalística, onde passará por exame de DNA e será comparado com o material genético de familiares de Jéssica Camila, a adolescente que a polícia acredita ter sido a pessoa assassinada e esquartejada pelo trio, na residência.
Os acusados teriam, assim como fizeram em Garanhuns, comido partes do corpo de Jéssica. O que restou dos pedaços maiores foi descartado como lixo. Dedos e ossos da coluna foram escondidos em covas no quintal da casa de Rio Doce e até em buracos de tijolos da área interna do imóvel.
Jorge, Isabel e Bruna se diziam integrantes de uma seita que matava mulheres e comia a carne das vítimas como maneira de "purificar" o mundo. Eles foram descobertos há duas semanas em Garanhuns, depois que a polícia achou os corpos de duas vítimas enterrados no quintal da casa onde moravam.
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