Ricardo Teixeira tira licença de 30 dias.

Alegando problemas de saúde, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, se licenciou do cargo nesta quinta (8/3), e indicou para substituí-lo José Maria Marin. Vice mais velho da CBF, Marin havia sido convocado pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e estava no Rio desde a última quarta. Ele foi informado nesta quinta que assume, interinamente, a CBF. Segundo ele, Teixeira enviou comunicado aos presidentes de federações estaduais comunicando sua decisão.

Seu padrinho, o presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, não o acompanhou, segundo sua assessoria.
A informação foi confirmada pelo presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto, e também pelo presidente da Federação Goiana, André Luiz Pitta Pires, na tarde desta quinta. Teixeira pediu licença de 30 dias do cargo.

Em crise não só dentro de campo - com a seleção brasileira eliminada das últimas Copa do Mundo e Copa América logo nas quartas de final - como também, e principalmente, fora dele - em meio a novas denúncias de corrupção-, Teixeira já vinha dando sinais de que poderia sair.

Em 1989, o empresário mineiro Ricardo Teixeira foi eleito o 18º presidente da CBF e permaneceu no cargo até esta quinta. Ele era genro de João Havelange, ex-presidente da Fifa. No início do mês, demitiu o tio, Marco Antônio Teixeira, da secretaria-geral da entidade. Ele estava na função praticamente desde o começo do mandato do sobrinho no final da década de 1980.

No final do ano passado, já havia nomeado o então presidente do Corinthians, Andres Sanchez, para diretor de seleções. Além disso, o ex-jogador Ronaldo foi colocado dentro do COL.

Em 29 de setembro, Teixeira foi internado em um hospital no Rio apresentando dores abdominais. O boletim médico disse que o cartola tinha uma diverticulite (inflamação na parede do cólon, ligado ao intestino grosso) não complicada. Assim, faria tratamento apenas com anti-inflamatório, analgésico e uma alimentação regulada, sem necessidade de cirurgia. Recebeu alta dois dias depois. Enquanto esteve em observação, deu brindes para as pessoas que cuidavam dele, como bonés e camisetas da seleção brasileira.

Além do problema de saúde, Teixeira enfrenta acusação de estar envolvido no maior escândalo da história da Fifa. Um mês antes, foi alvo de protestos em várias cidades do país contra a sua administração. O chamado dossiê da ISL, ex-agência de marketing da entidade, falida em 2001, será avaliado pela Corte Federal da Suíça e tem documentos considerados comprometedores para Teixeira. O processo, que tramita desde 2008, possui os nomes de dirigentes que supostamente receberam propina em negociação pelos direitos de transmissão de Copas do Mundo. Pressionado, Teixeira perdeu força para virar o sucessor de Joseph Blatter na presidência da Fifa após a Copa de 2014, no Brasil.

Fonte - JC on line

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