Eduardo culpa petistas por migração do PSD.

governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, mostrou ontem durante visita a Buenos Aires seu descontentamento a respeito da mudança no cenário politico em São Paulo com o lançamento da pré-candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo para as eleições de outubro. Imagem: Carlos Percol/SEI
Carlos Percol/SEI

O governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, mostrou ontem durante visita a Buenos Aires seu descontentamento a respeito da mudança no cenário politico em São Paulo com o lançamento da pré-candidatura de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo para as eleições de outubro.

“Encaminhamos um acordo com (o prefeito Gilberto) Kassab (PSD) respaldado por Lula e pela presidente Dilma (Rousseff) para apoiar Fernando Haddad (PT) para prefeito e esse apoio deveria ter sido consolidado logo no outro dia”, disse, referindo-se a encontros realizados nas semanas anteriores ao carnaval.

“Estava tudo certo. Eu levava o trem todo: PSB, Kassab e não ia ter Serra nem ninguém agora se tivesse sido tudo lançado. Mas perdeu-se o momento certo”, acrescentou, culpando o próprio Haddad pela indecisão existente agora sobre quem o PSB apoiará na capital paulista com a chegada de Serra, que larga na frente nas pesquisas. Ex-ministro da Educação, Haddad é o nome escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a prefeitura da maior cidade do país.

Com o descontentamento do PSB paulista com o PT, declarou, a sigla apoiaria Serra, não fosse sua intervenção. O governador tem uma reunião com Lula na próxima segunda-feira para discutir o assunto. As reviravoltas em São Paulo não alteram mas também não definem o cenário no Recife. Eduardo Campos afirmou que quem decide qual será o candidato do PT à prefeitura da capital pernambucana é Lula, e que seu partido apoia qualquer um dos nomes da legenda.

Porém disse que a possibilidade de o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, sair candidato não está descartada. “Trouxemos Fernando para poder pressionar o PT a escolher, mas continua sendo um nome forte, em stand by”.

Campos fez uma palestra ontem em Buenos Aires, na Argentina, intitulada A gestão pública como instrumento de transformação econômica e social, no Centro Cultural Borges, a convite da universidade Tres de Febrero. A viagem ao país vizinho, que termina sábado, prevê ainda um jantar com o presidente da empresa argentina de aerogeradores Impsa, presente em Suape, visita à Câmara de Deputados e a ida à planta industrial da Impsa em Mendoza.

Fonte - Mariana CamarotTi, especial para o Diario

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