A montagem, que tem acesso livre ao público e atores e técnicos genuinamente da cena pernambucana, todos os anos pecorre uma via crúcis para conseguir patrocínios. “É inadmissível isto continuar acontecendo. Apresentamos o projeto em outubro (de 2011) e todos pedem para voltar no início do ano. Quando chega o início do ano, mandam a gente voltar depois do Carnaval. E depois do Carnaval é menos de 40 dias para tomar todas as providências necessárias a fim de encenar o espetáculo”, lamenta o ator, diretor, dramaturgo e produtor executivo do espetáculo, José Pimentel.
Pela grandiosidade da montagem é necessário atualizar os valores do patrocínio anualmente. “Apesar de a base estar pronta, é preciso atualizar os salários dos participantes, refazer cenários que se deterioram pela ação da chuva, consertar ou renovar os figurinos que se estragam durante a encenação. Tudo para manter a qualidade e a beleza do espetáculo”, ressalta Pimentel. Para se ter ideia dessa grandeza, são cinco dias de apresentações, com a participação de 100 atores no elenco principal, cerca de 300 figurantes, mais de 50 técnicos e nove cenários a céu aberto.
Com duas horas de duração, a 16ª apresentação da Paixão de Cristo do Recife tem como base os últimos momentos da vida do Filho de Deus. O texto de José Pimentel, formatado de maneira clara e objetiva, mostra todos os detalhes da trajetória final de Jesus Cristo. Pimentel chama atenção para a cena da ascensão no final do espetáculo: “nela, o personagem de Cristo aparece na frente da pedra e depois desaparece por detrás dela. Todos ficam admirados”.
Nomes de peso da cena pernambucana enriquecem o espetáculo. No elenco: Geninha da Rosa Borges, Reinaldo de Oliveira, Vanda e Renato Phaelante, Paula de Renor, Didha Pereira, Manoel Constantino, entre outros. Quem assina a cenografia é Octávio Catanho, com nove cenários distribuídos pela praça do Marco Zero sem que seja necessário o deslocamento do público. A coreografia está sob o comando de Mônica Lira. Além de artistas circenses sob a direção de Amália Trindade. Na produção executiva constam: José Pimentel, Antônio Pires, Octávio Catanho e Paulo de Castro. A realização é da Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe).
Fonte - JACY LUNA - Especial para a Folha
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