Inadimplência reflete desconhecimento dos recursos do cartão de crédito.

A inadimplência do consumidor iniciou 2012 com crescimento. De acordo com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), a inadimplência do consumidor subiu 2,91% em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2011.

Segundo a entidade, o recente acesso das camadas mais pobres da população aos serviços bancários, em especial o cartão de crédito, é o maior responsável por parte da inadimplência registrada no mês passado. “O País está tornando os bancos acessíveis às classes baixas, que entram no sistema de cartão sem ter experiência sobre o seu melhor uso. Essas classes ainda não se acostumaram com o maior poder de compra e acabaram se endividando”, explica o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, conforme publicado pela Agência Brasil.

Parcelamentos

Por desconhecerem as ferramentas disponíveis nos cartões, as pessoas acabam comprando sem verificar a melhor forma de parcelamento. “O melhor é sempre pagar o cartão na data de vencimento. Mas, se for para parcelar, que seja a preços fixos, com o lojista concedendo o crédito por meio do cartão. Em geral, a compra pode ser feita em até seis parcelas, com juros bem mais baixos”, afirma Pellizzaro.

Segundo o presidente da CNDL, todos os lojistas deveriam saber que existe outra opção de parcelamento. “Todo lojista deveria saber que pode fazer isso. Basta, na máquina do cartão, dentro da opção parcelar, escolher a opção loja e não a de cartão. O juro é bem menor e pode chegar a um terço ou um quarto do cobrado”, explica, ainda segundo a Agência Brasil.

Durante a divulgação do Indicador SPC Brasil de vendas no comércio e inadimplência da pessoa física, Pellizzaro sugeriu aos bancos que regularizem o cheque pré-datado. “Este é um prodcedimento usual para os brasileiros, que poderia até já vir impresso [como opção] na folha de cheque. A loja pagaria uma taxa ao banco, para fazer uso desse serviço, que poderia inclusive adiantar o pagamento do pré-datado. Assim, seriam diluídos e, consequentemente, a taxa de juros poderia diminuir”, completa.

Fonte - InfoMoney

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