O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, voltou a negar a existência de um esquema de cobrança de propinas ou falhas na execução de convênios no ministério, em audiência pública realizada nesta quinta-feira, 10. Lupi atribuiu possíveis problemas a 'erros individuais' e voltou a pedir desculpas à presidente Dilma Rousseff por declarações de que só sai do ministério à bala.
'Presidente Dilma, desculpas se fui agressivo. Não foi minha intenção. Eu te amo', disse Lupi. 'Peço desculpas todo dia, porque todo dia eu erro. Quem trabalha muito, erra', afirmou aos deputados.
Igual aos ministros que já prestaram esclarecimentos em audiências públicas na Câmara, Lupi criticou a cobertura da imprensa, que o condenaria sem provas. Desde quarta-feira, 9, o ministério, por ordem de Lupi, está antecipando no blog oficial da pasta as solicitações da imprensa ainda em andamento. 'A mídia não tem a verdade absoluta e eu vou provar', afirmou.
Durante as quase quatro horas de audiência, Lupi apresentou levantamento feio pelo ministério com a relação dos convênios firmados com ONGs desde 2003. Do total de 491 convênios diretos, 97 estão em fase de execução; seis, com prestação de contas em complementação; 148 com prestação de contas aguardando análise; 103 aprovados e quatro rejeitados. Em tomada de contas especiais, por falha, erro e irregularidades, 18; aguardando prestação de contas, 103. 'São 500 convênios. Há falhas. Corrupção dentro do Ministério do Trabalho e no meu partido não há', afirmou.
Para o ministro, a denúncia feita contra ele é 'surreal' por não apresentar provas e ter partido de fontes anônimas. Ainda segundo ele, as suspeitas veiculadas já eram alvo de investigação pelo ministério e pela Controladoria-Geral da União (CGU). 'Não tenho controle se algum funcionário, lá na ponta, faz algo errado. Eu disse controle, não conivência.'
Afastamento. Deputados da oposição defenderam novamente o afastamento de Lupi do cargo até que as denúncias sejam esclarecidas. 'Não pode e não dá para negar que o senhor tem responsabilidade com o que está acontecendo no ministério. Se Dilma o escolheu, ela também tem responsabilidade', afirmou o deputado Vaz de Lima (PSDB-SP).
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