Culpa nossa.

Diariamente nos tratam como se fôssemos humanos miseráveis, bobos, sem memória e tantos outros adjetivos que só nos fazem acreditar que somos dependentes da insignificância. 
Pra quem diz que a justiça é cega para ajuizamentos, é porque não acompanha de perto tais humilhações.
São tantas apelações de promessas enganosas de melhoria, inclusive quando o necessitado está no último estágio da fragilidade, que aparecem “soluções miraculosas” destes plantonistas aproveitadores. Posso afirmar aos desesperados que o tempo ainda é o melhor antídoto, a fé a principal esperança. 
Temos que acreditar que jamais devemos nos curvar a promessas imaginárias que só nos trazem esperança do atraso. 
Se observarmos detalhadamente, não sei se devido ao desespero, involuntariamente permitimos que pessoas desonestas e mentirosas, tentem resolver nossos problemas. 
Não devemos permitir que a vontade e desejos simples dentro da normalidade, sejam trocados por aberrante decisão judicial, pois mesmo vivendo em um país considerado democrático e “sem” censura explícita, qual evento você acha que já foi proibido no Brasil: uma micareta (carnaval fora de época) ou uma passeata religiosa? Com certeza a lógica talvez nos direcione a responder o óbvio. 
Até quando o absurdo desses “poderosos” nos impedirá de fazermos coisas honestas, se mal não buscamos? Não que uma festa de rua possa ser proibida ou muito menos comparada, porém a questão em discussão é exatamente a forma de argumentação para a devida proibição. 
Isso só acontece porque permitimos que esses dirigentes de decisões, nos tratem como se a única culpa fosse nossa.

Durval Buarque
buarque@oi.com.br

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