Bolsonaro chama mercado de “nervosinho” e diz que combustíveis vão aumentar de novo

 


O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (21) que o preço dos combustíveis no Brasil “está mais barato” do que em outros países e terá “outro aumento” nas próximas semanas –sem especificar a data.

Segundo o chefe do Executivo, o mercado financeiro está “nervosinho” e poderá sair prejudicado caso “exploda a economia do Brasil”. Para o presidente, a inflação que o país enfrenta é “péssima“, mas evita o desabastecimento de outros insumos básicos, como a gasolina, o diesel e os alimentos.

“Temos como vencer essa crise. Vai ter novo aumento de combustível? Certamente teremos. Não vou negar isso daí. Estou buscando solução. […] Aí fica o mercado nervosinho. Se vocês explodirem a economia do Brasil, pessoal do mercado, vocês vão ser prejudicados também. Querem acreditar na minha palavra ou na da Miriam Leitão?“, afirmou em transmissão ao vivo nas redes sociais.

Auxílio Brasil

Bolsonaro afirmou que o novo programa social deverá pagar, no mínimo, R$ 400 para todos os beneficiários e ficará “dentro do teto de gastos”.

“Vocês acham que eu podia não fazer nada, no tocante ao Bolsa Família, Auxílio Brasil? Em um momento de crise como esse… Deixar essas pessoas desempregadas morrer de fome? Não podia fazer isso”, afirmou.

No final da tarde desta quinta-feira, depois do fechamento do mercado, 4 secretários do Ministério da Economia pediram demissão depois de manobra na Câmara para mudar a regra fiscal.

O relator da PEC dos Precatórios, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), incluiu em seu parecer mudança no teto para abrir um espaço de R$ 83 bilhões no Orçamento do ano que vem. O objetivo do governo é usar parte desse valor para bancar o Auxílio Brasil.

O mercado reagiu mal ao movimento. O dólar teve alta de 1,92%, cotado aos R$ 5,67. O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), caiu 2,75%, aos 107.735 pontos.

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