Pernambuco apresenta aumento na sindicalização de trabalhadores

No primeiro ano após a reforma trabalhista, o Brasil perdeu 11,9% de pessoas no contingente de sindicalizados. Em números absolutos, a redução foi de 1,5 milhão de trabalhadores associados a sindicatos no país. Em 2018, das 92,3 milhões pessoas ocupadas no país, 12,5% eram sindicalizadas. No ano anterior, esse percentual representava 14,4% do total.
É o que mostram os dados coletados pela PNAD Contínua – Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2018, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (18).
No levantamento, ao contrário do Brasil, Pernambuco foi um dos três únicos estados no qual a sindicalização dos trabalhadores ocupados aumentou no período, saindo de 10,1% em 2016 para 10,6% e 10,8%, em 2017 e 2018, respectivamente. Isso significa que, no ano passado, 385 mil dos 3.575.000 trabalhadores empregados no estado eram filiados a algum sindicato.
O resultado mostra uma recuperação com relação a 2016, período no qual esse percentual atingiu seu menor índice – 10,1% – desde o início da série histórica da PNAD Contínua, contada a partir de 2012. Os maiores números de sindicalização dos últimos sete anos foram registrados em 2013, quando os números chegaram a 456 mil pernambucanos, ou 13,1% da força de trabalho ocupada no período.
Embora o estado esteja abaixo da média nacional do ano passado, que marcou 12,5% de trabalhadores empregados associados a sindicatos, o discreto aumento entre 2017 e 2018 em Pernambuco demonstrou uma tendência contrária à do Brasil.
No país, a queda desses valores foi constante desde 2012, quando os números indicavam 16,1%. A sindicalização diminuiu em todas as regiões desde então, mas isso ocorreu de forma mais branda no Nordeste, que tem uma média superior à brasileira e ostenta as maiores taxas do país, chegando a marcar 14,1%, no ano passado.
Além de Pernambuco, Piauí e Sergipe foram os estados onde os sindicatos conseguiram aumentar o número de filiados em 2018. Segundo o IBGE, essa mudança pode ser atribuída à evolução do crescimento da informalidade por conta dos anos de crise e alto desemprego.

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