Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar apresentado por José Eduardo, na manhã desta segunda-feira (4), o superintende do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Alves, fez um balanço das atividades realizadas pelo órgão no combate as manchas de óleo que atingem as praias do Nordeste.
Alves afirmou que o monitoramento nas praias é feito diariamente das 6h às 18h, e cada órgão envolvido, seja municipal, estadual ou federal, tem arcado com os próprios custos das equipes que estão em campo. Ainda de acordo com o superintendente, a rede responsável pelo navio é quem deve arcar com os valores.
Questionado por um ouvinte sobre a possível demora do governo federal em iniciar as ações de combate aos danos ambientais, Alves afirmou que o desastre é "inédito", o que tornou o trabalho ainda mais difícil. "A linha de investigação que está sendo seguida aponta que o vazamento aconteceu em águas internacionais, e isso deveria ter sido comunicado. É um trabalho muito difícil, não existe tecnologia que consiga reter todo o óleo. O uso de barreiras não pode ser aplicado em 99% dos casos, existem critérios técnico. É um trabalho exaustivo e absolutamente inédito".
Suspeita
A embarcação suspeita é de bandeira grega e teria atracado em 15 de julho na Venezuela, onde ficou por três dias antes de seguir a Singapura, via África do Sul. A partir da localização da mancha inicial, foi possível estimar que o derramamento deve ter ocorrido entre os dias 28 e 29 de julho.
As investigações começaram em setembro e contaram com a participação da Marinha, do Ministério Público Federal, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, da Agência Nacional do Petróleo, Universidade Federal da Bahia, Universidade de Brasília e Universidade Estadual do Ceará, além de uma empresa privada do ramo de geointeligência.
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