Com apoio do Sebrae, da Secretaria do Trabalho estadual e da prefeitura, cafés especiais da cidade ganham mais excelência e visibilidade
Os sabores, os potenciais econômico e cultural dos cafés especiais de Triunfo, no Sertão de Pernambuco, estão entre os temas que serão abordados no Segundo Seminário do Café de Triunfo nesta sexta-feira e neste sábado. O evento será realizado no Sesc do município, vai atrair empresários, produtores e interessados na produção do café de excelência local, que incentivará uma maior rentabilidade entre os profissionais do ramo e do turismo de experimentação. Hoje, Pernambuco é o segundo maior produtor de café do Nordeste e o mercado resistiu até mesmo à crise econômica.
A parceria aposta num mercado que só cresce e o projeto de cafés de excelência em Triunfo envolve a Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco, o Sebrae e a prefeitura municipal, comandada por João Batista. O objetivo é promover a competitividade dos empreendimentos produtores de café e derivados, por meio de ações de melhoria da gestão e inovação dos produtos e processos.
Em 2018, de acordo com dados do Sebrae de Pernambuco, as empresas pernambucanas assumiram, juntas, a liderança do comércio do café no Estado, que antes era dominada por estados como São Paulo (55%) e Minas Gerais (25%). “Atualmente, Triunfo tem um grande potencial de crescimento no café de alta qualidade, porque está localizada em altitude acima de 1000 m, uma terra e um clima adequados. A cidade é muito bonita, o povo é muito acolhedor e criativo, e só tem a crescer com esse projeto”, declarou o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, que é um entusiasta do café da cidade. “O mais bonito é que os produtores de Triunfo estão sendo capacitados e o consumo cresce cada vez mais, em casa, no trabalho e em horas de lazer”, destacou Alberes Lopes.
A proposta do projeto em Triunfo, segundo a analista do Sebrae, Raquel Silva, é agregar valor ao café, cuja produção local, anteriormente, era escoada informalmente. Segundo Raquel, a cidade foi uma grande produtora de café no início do século passado, sofreu um declínio, mas está retomando seu potencial.
“Em 2017, a Kaffe Torrefação e Treinamento, uma das empresas de maior destaque do ramo no Estado, descobriu que Triunfo tinha café especial e que os produtores poderiam agregar valor ao produto de 100 a 150%. O valor da saca, que antes R$ 500, pode valer de R$ 900 a R$ 1,2 mil”, destacou Raquel. “A produção de excelência exige conhecimento e treinamento. As capacitações que estamos promovendo são essenciais porque é um trabalho praticamente artesanal. A colheita tem que ser feita de forma correta, a separação dos grãos, a secagem tem que ser suspensa...São vários processos que eles estão aprendendo e que terão continuidade no plano de trabalho com a Secretaria do Trabalho nos apoiando”, completou Raquel.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), existe previsão de aumento do consumo local (entre os brasileiros) e de exportação. Somente o Brasil consumiu 21 milhões de sacas no período de novembro de 2017 a outubro de 2018, representando um crescimento de 4,80%, com relação ao período anterior, de novembro de 2016 a outubro de 2017. Pernambuco se destaca, especialmente, na produção de café em Taquaritinga do Norte, Triunfo e Garanhuns.
Fotos: Lucivaldo Marques/Seteq
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